Um estudo realizado no ano passado pela International Association of Universities (IAU) listou as principais vantagens obtidas pelas instituições de ensino superior frente à internacionalização, e os pontos mais citados foram  a mobilidade de alunos e professores (22%), o desenvolvimento de pesquisas (21%) e um “perfil internacional” (18%), enquanto a diversificação das receitas foi citada por apenas 4%, ocupando o último lugar.

Esses resultados foram apresentados por Renée Zicman, diretora executiva da Faubai – Associação Brasileira de Educação Internacional, durante o Seminário de Internacionalização e Inovação Acadêmica, promovido pelo Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, nessa segunda-feira (dia 15), em São Paulo. Falando no painel “Como fazer internacionalização – significado, impacto, oportunidades e custos” realizado  durante o evento, a especialista  disse que o futuro da educação superior é global: “A internacionalização transversal não é escolha ou desejo e sim um imperativo para a renovação cultural das instituições de ensino superior no país”, afirmou.

Segundo Renée, atualmente há 4,5 milhões de estudantes em mobilidade internacional e, até 2025, serão cerca de 8 milhões. No entanto, para ela, o Brasil ainda precisa avançar mais na internacionalização. “Atualmente os líderes na recepção de alunos são os Estados Unidos (22% do total global), seguido por Reino Unido (com 11%) e pelos chineses, que já absorvem 8% do total de estudantes segundo a Project Atlas – em 2001 esse percentual era menor que 2%”.

O fatores que contribuem para não atingir os mesmos índices dos concorrentes, segundo Renée, vão desde a ausência de uma agência governamental ou órgão competente voltado exclusivamente para a tarefa até  a adequação linguística e a transferência de créditos, além de promover eventos aqui para trazer de fora alunos em graduação e pós-graduação, professores, pesquisadores e gestores.

Já Stefano Barra Gazzola, presidente do Grupo Educacional Unis e da Rede de Cooperação Internacional, contou sobre os erros e acertos da instituição em que atua, na questão da internacionalização. “O sucesso da internacionalização depende de pensar estrategicamente, estudando em primeiro lugar o perfil dos nossos alunos, depois o perfil da nossa instituição e, por fim, cruzar os dados da pesquisa desses perfis para conexão com possíveis parceiros estratégicos. A internacionalização não pode ser uma interdependência, não temos só de pedir o que o outro tem para oferecer, mas achar os parceiros estratégicos porque também temos algo para oferecer e trocar.

O Grupo Unis, que mantém 20 convênios com instituições internacionais levando estudantes daqui para Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Hungria, entre outros países e trazendo estudantes desses países ao Brasil, acredita que “a internacionalização é um caminho para as IES terem maior competividade. O aluno está hoje conectado com o mundo e é um direito dele ter um aprendizado fora, para voltar e ter maior empregabilidade aqui. As IES precisam se articular e fazer as conexões necessárias com IES internacionais e com empresas no Brasil para trazer os alunos já capacitados.”

O próximo desafio do Grupo Unis será promover ações colocando empresários em contato com alunos, por meio das redes universitárias, com produção de conteúdos e artigos acadêmicos para discussão entre partes, promovendo uma ligação entre o empresário que precisa de mão de obra especializada e alunos da Unis que vão e voltam dos intercâmbios com maior especialização.

Sobre o Semesp:

Fundado em 1979, o Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior  congrega mais de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse https://www.semesp.org.br. Mídias Sociais: Facebook: https://www.facebook.com/semesp; Linkedin: https://www.linkedin.com/company/semesp e Twitter 18º FNESP: twitter.com/fnesp; 16º CONIC: https://www.facebook.com/ConicSemespOficial/?fref=ts 

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