Dados da publicação também indicam essa área como uma das mais promissoras no mercado de trabalho, com salários mais altos e melhor empregabilidade

Na terça, 20 de junho, o Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil, lançou a 13ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, uma publicação anual com informações do setor no Brasil, por regiões e de cada estado, de instituições de ensino superior privadas e públicas, que nesta edição dedica um capítulo especial à área de tecnologia.

Na abertura do evento, a presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, reforçou a pluralidade de tantas IES comprometidas e capacitadas para entregar o melhor aos seus alunos. “O Semesp representa a diversidade e grandeza do ensino superior brasileiro.  E o ensino superior particular é o mais representativo do país, com a maioria desses alunos vindo das classes C, D e E. Daí o comprometimento de nossas IES em promover o desenvolvimento socioeconômico desses estudantes”, destacou ela.

Pelo primeiro ano, o Mapa do Ensino Superior no Brasil, além dos dados de instituições de ensino superior, números de matrículas, ingressantes e concluintes, perfil dos alunos, cursos mais procurados, estatísticas dos programas de financiamento e evasão, entre outros, mostra também os Indicadores de Trajetória (Taxa de Permanência; Taxa de Conclusão Acumulada; Taxa de Desistência Acumulada), para checar os percentuais de sucesso e desistência dos alunos. O Brasil segue com altas taxas de evasão. De acordo com os indicadores, a taxa de conclusão é de apenas 26,3%, com as maiores taxas de concluintes em cursos presenciais e EAD na rede privada.

Já o capítulo especial “Cenário e Perspectivas da Área de TI no Ensino Superior”, que a cada dia ganha mais relevância e desperta a preocupação do mercado de trabalho em razão dos avanços tecnológicos e automação de várias funções, traz uma série de informações e análises sobre os cursos da área de tecnologia, como perfil dos alunos, renda e empregabilidade, valor das mensalidades, entre outros.

De acordo com os dados do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2023, apesar de o progresso tecnológico significar menos empregos em funções tradicionais, essa área representa também um leque de novas possibilidades. Um mercado promissor, com salários mais altos do que a média, horários flexíveis, facilidade de vagas remotas, programas de treinamento e desenvolvimento.

Outro desafio do setor de TI é em relação à diversidade. Em 2021, apenas 16,5% das matrículas em cursos da área eram de mulheres, contra uma participação feminina de 60,7% nas demais áreas. Enquanto nas demais áreas a representatividade de alunos negros é de 8,7%, nos cursos de TI ela é de 8,1%. Estes cursos também atraem mais estudantes jovens, até 29 anos, do que as demais áreas: 70,8% contra 64,5%. Para o Semesp, a questão é preocupante porque o prognóstico é que a área se torne uma das mais empregadoras no futuro, o que pode levar a uma exclusão de profissionais mulheres e negros. “Infelizmente, não estamos fazendo a inclusão que deveríamos”, alertou o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.

“É uma área que oferece muitas oportunidades, a que mais emprega no Brasil e no mundo e com potencial de crescimento”, disse Capelato. “Mas o ensino superior ainda não está surfando nessa onda, com um baixo crescimento nas matrículas dos cursos de TI, apesar da forte demanda do mercado de trabalho”, acrescentou.

O Mapa do Ensino Superior no Brasil é uma publicação do Instituto Semesp, centro de inteligência analítica criado pelo Semesp, elaborado com base nos microdados do Censo da Educação Superior do Inep, e outras fontes como IBGE, microdados do ENEM e do PROUNI, CAGED, RAIS, Big Data Analytics, entre outros.

Para receber o Mapa na íntegra e os principais destaques da publicação, por favor, entre em contato por e-mail [email protected].

Sobre o Instituto Semesp
O Instituto Semesp é um centro de inteligência analítica criado pelo Semesp. Integrado por especialistas com sólida experiência no levantamento e análise de dados sobre o ensino superior, o Instituto desenvolve estudos, pesquisas, indicadores e análises estatísticas referentes ao setor. Seu objetivo é disponibilizar para pesquisadores, educadores, gestores privados e públicos, jornalistas e para a sociedade em geral informações relevantes e confiáveis que lhes permitam tomar decisões, estabelecer estratégias ou formular políticas públicas, visando o desenvolvimento da educação superior.
O Instituto é responsável por estudos e pesquisas divulgados anualmente pelo Semesp, como o Mapa do Ensino Superior no Brasil, a Pesquisa de Empregabilidade, a Pesquisa de Inadimplência e a Pesquisa sobre Cursos de Especialização Lato Sensu no Brasil, entre outros diagnósticos considerados essenciais para a compreensão do setor.

Sobre o Semesp
Fundado em 1979, o Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil, tem como objetivos prestar serviços de excelência e orientação especializada aos seus associados, oferecer soluções para o desenvolvimento da educação acadêmica do país, além de preservar, proteger e defender o segmento privado do ensino superior brasileiro. Comprometida com a inovação, a entidade mantém uma estrutura técnica especializada que realiza periodicamente uma série de estudos e pesquisas sobre temas de grande relevância para o setor e promove a interação entre mantenedoras e profissionais de educação. Realiza também eventos como o FNESP, maior Fórum de ensino superior da América Latina, o Congresso Nacional de Iniciação Científica (Conic), o Congresso de Políticas Públicas para o Ensino Superior e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo, e ainda capacita os profissionais da educação superior por meio da Universidade Corporativa Semesp.

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