Sistemas de educação diversificados maximizam a mobilidade social 

Diego Ambasz do Banco Mundial e Mozart Ramos Neves, do Instituto Ayrton Senna mostram no 17º FNESP os caminhos para a excelência no ensino superior

Diego Ambasz, pesquisador sênior em Práticas Globais de Educação do Banco Mundial disse nessa quinta-feira (dia 24), durante a 17ª edição do Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, que os desafios do ensino superior são atingir a universalização com maior mobilidade social, melhorar qualidade, criar normas e mecanismos garantidores e aumentar investimentos.

Segundo o pesquisador, há hoje uma desconexão entre o que é aprendido e o que é exigido do profissional que se forma em uma instituição de ensino superior. “As universidades precisam dar novos limites impulsionando a pesquisa, ir em busca de alternativas de financiamento, criar parcerias com a iniciativa privada para atender indústrias, ter comunicação com o Governo e a comunidade”. Para ele, três questões são fundamentais para atingir os objetivos: considerar o ambiente global e local (glocalização), ter maior flexibilidade e abertura para o novo e garantir empregabilidade aos diplomados.

Ele fez ainda uma previsão dos profissionais do futuro que vão combinar educação, interesses e habilidades para se tornar uma espécie de equipe multifuncional unipessoal. “O profissional terá de ajustar criatividade, desenvolver ou modificar as habilidades e conhecimentos e ter liderança”. Das profissões do futuro, Ambasz citou engenheiros de biossistemas, tecnólogos de desempenho, ergonomia visual, psicolinguística, bibliotecário cibernético, bio-fabricação, geo-ambientalista MKT, arquiteto da informação, entres outras, que até há pouco tenham não existiam.

Já Mozart Ramos Neves, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, disse que o grande erro hoje no ensino brasileiro é não ter uma agenda prioritária para a educação básica, pois a cada 24 segundos um aluno abandona a escola no Brasil e o custo da ineficiência desse ensino é de R$ 23 bilhões por ano”. Segundo ele, enquanto a chance de um filho de pai analfabeto também ser analfabeto é de 32%, essa probabilidade cai para 0,2% se o pai tiver o ensino superior. “Para formarmos bons profissionais temos de ter bons professores e é preciso estimular esses jovens a quererem ser mestres e doutores”.

A solução, segundo ele, passa por quatro pontos: a tecnologia estar mais presente no ensino; o professor assumir um papel de tutor, ajudando os alunos a descobrirem seus interesses, talentos e assim buscar autonomamente um aprendizado adequado às suas necessidades; as abordagens híbridas de aprendizagem serem mais exploradas e o currículo ter como foco uma educação integral: habilidades cognitivas dialogando com as habilidades socioemocionais, ou habilidades para a vida”.

SERVIÇO

17º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro

Tema: Economia da Educação: valor da educação para a sociedade, formação de modelos e ensino

Data: 24 e 25 de setembro de 2015

Local: Centro de Convenções Frei Caneca – 4º andar – Rua Frei Caneca, 569 – São Paulo – SP

 

Programação 17º FNESP:


Dia 25 de Setembro

 

9h00 – Como trabalhar inovação e gestão das mudanças por meio do ensino híbrido, do currículo, dos docentes e do uso da tecnologia.

Vidal Martins – Pró-Reitor Acadêmico da Pontifícia Universidade Católica do Paraná

John O´Brien – Presidente da Associação Sem Fins Lucrativos Educause

Presidente de Sessão: Ricardo Cançado – Vice-Presidente Acadêmico do Grupo Anima

 

10h30 – Coffee-break

 

11h00 – O que os estudantes esperam das IES e como adequar o modelo de ensino superior para garantir a inclusão

Eduardo Garanhani Laurenciano – Diretor do Instituto de Pesquisas Data Popular

Arapuan Neto – Reitor do Centro Universitário Augusto Motta – Unisuam – RJ

Alfredo Motta – coautor do livro “Código Y – decifrando a geração que está mudando o país”.

Presidente de Sessão: Beatriz Eckert Hoff – Reitora do Centro Universitário do Distrito Federal – UDF

13h00 – Almoço

 

14h00 – O papel estratégico da educação para a sociedade.

Erasto Fortes Mendonça, presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE)

Rubens Martins, assessor da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior – SERES

Presidente de Sessão: José Roberto Covac, diretor jurídico do Semesp.

 

15h00 – Encerramento

 

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp.

 

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