Publicação oferece um quadro objetivo do setor e aponta

novas oportunidades de cursos nas diversas regiões do Estado

 O Semesp – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo lançou nesta terça-feira (10), na sede do Conselho Regional de Administração, a terceira edição do Mapa do Ensino Superior, que aperfeiçoa o mesmo levantamento apresentado no ano passado e introduz novos e importantes indicadores sobre a educação superior na Região Metropolitana e nas 15 regiões administrativas do Estado de São Paulo.

Além dos indicadores estratégicos para a gestão das instituições de ensino superior, como o total de alunos matriculados em cursos presenciais, tecnológicos e à distância (EAD), taxa de escolarização líquida, número de instituições de ensino superior públicas e privadas, quantidade de cursos oferecidos em todas as modalidades e mais procurados, número de empregados por grau de instrução e a taxa de retenção nos dez cursos com maior número de concluintes, o mapa inova ao trazer as taxas de inadimplência no Brasil e no Estado de São Paulo para mensalidades em atraso até 30, 90 e mais de 90 dias; evasão dos cursos presenciais e a distância da rede privada e pública; matrículas no ensino superior mundial; nível de formação dos docentes do Estado nas categorias especialista, mestre e doutor, bem como o regime de trabalho dos profissionais do ensino superior nas categorias horista, tempo parcial e integral.

Realizado no primeiro semestre desse ano, durante a 9ª edição das Jornadas Regionais, o estudo revela as regiões do Estado de São Paulo que mostraram potencial crescimento no número de matrículas e as que ficaram estagnadas em 2011. “A Região Metropolitana de São Paulo, teve um crescimento expressivo de 56% e a tendência agora é estagnar, enquanto no Interior, que cresceu 44%, a tendência é expandir o número de matrículas nos próximos anos, sendo que as cidades que registraram maior crescimento no número de matrículas em cursos presenciais foram Campinas (14,7%) e Sorocaba (4,7%)”, explica Rodrigo Capelato, diretor executivo do SEMESP e coordenador da pesquisa.

O estudo fala também das carreiras que lideram a procura por parte dos alunos tanto nos cursos presenciais quanto nos à distância (EAD) e tecnológicos. “Houve um crescimento dos cursos de gestão de RH, Logística e Análise e Desenvolvimento de Sistema nos tecnológicos presenciais”, diz Capelato. Estes cursos tiveram um crescimento exponencial de cerca de 556%, de 2003 a 2011 e uma queda acentuada na resistência histórica, por serem de menor duração.

Vale ressaltar ainda que dos 20 cursos presenciais mais procurados na rede privada, Direto e Administração continuam em primeiro e segundo lugares, seguidos por Enfermagem, Pedagogia e Ciências Contábeis no Brasil, mas em São Paulo, Administração fica em primeiro lugar, seguida de Direito, Pedagogia, Ciências Contábeis e Gestão de Pessoal/Recursos Humanos. Já nos cursos presenciais e à distância (EAD) no Brasil a faixa etária dos alunos é diferenciada. Nos presenciais, 1,4 milhão de alunos, entre 19 e 24 anos, se matricularam em 2011. Já nos cursos à distância, foram mais de 200 milhões na faixa de 30 a 34 anos, ou seja, um novo perfil de estudante que não dispõe de tempo necessário para estar em sala de aula, além de precisar de uma alternativa que lhe permita conciliar trabalho com o estudo de nível superior.

Outra novidade na edição 2013 do Mapa são as taxas de inadimplência com 30 dias, 90 dias e mais de 90 dias. “De 2009 a 2012, as taxas de inadimplência no Brasil para mais de 90 dias caíram. Em 2009 era 10,4% e em 2012 passou para 8,43%”, salienta Capelato. No Estado de São Paulo, a taxa de inadimplência em mais de 90 dias que em 2006 era de 9,27%, em 2012 ficou em 8,17%. As taxas de evasão no ensino superior particular em São Paulo também caíram. Em 2010 a taxa era de 33,1% e em 2011 ficou em 32%. O mesmo não aconteceu no Brasil, pois em 2010 a taxa de evasão era de 35,5% e, em 2011, passou a 38,2%.

O estudo traz ainda a evolução de especialização do corpo docente das instituições de ensino superior particular no Brasil e no Estado de São Paulo. Em 2011, no Brasil, 38% dos professores possuíam especialização, 45% mestrado e 17% doutorado enquanto que no Estado de São Paulo, 34% possuíam especialização, 43% mestrado e 23% doutorado. O regime de trabalho também alterou em relação a carga horária dos professores no Brasil e no Estado de São Paulo. E 2011, no Brasil, 44% dos professores trabalhavam como horistas, 31% em regime parcial e 25% em regime integral, enquanto no Estado de São Paulo, no mesmo período, 43% trabalhavam em regime horista, 30% em regime integral e 27% em regime parcial.

Ouça entrevista de Rodrigo Capelato na Rádio Jovem Pan: