Dirk Van Damme diz no 17º FNESP que habilidades de alto nível estão tomando uma parcela cada vez maior dos empregos, o que exige uma melhor qualificação

Ao falar sobre o impacto da educação superior no crescimento econômico dos países e na redução das desigualdades, o chefe da Divisão de Inovação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Dirk Van Damme, destacou nesta quinta-feira (24), durante o 17º FNESP – Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro, que ‘habilidades de alto nível estão tomando uma parcela cada vez maior dos empregos, o que exige uma melhor qualificação”.

Van Damme disse também que o ensino superior precisa preparar graduados para os empregos do futuro.  “Conhecimentos especializados e tarefas específicas ficarão ultrapassados, mas metacongnição e habilidades acadêmicas de alto nível que envolvam análise soluções abrangentes ainda serão importantes”, afirmou.

O palestrante mostrou que segundo dados levantados pela OCDE o impacto do ensino superior vai além de resultados econômicos, pois também influi na participação social. Segundo ele, a confiança pessoal está correlacionada ao ensino superior, além do aspecto profissional.

Van Damme apresentou alguns desafios que as instituições de ensino superior enfrentam:

  • Qualidade do ensino e aprendizagem, resultados da aprendizagem e a demanda de habilidade;
  • Desigualdade no acesso e sucesso, mobilidade social;
  • Financiamento de ensino superior privado e público.

“O ensino superior também precisa preparar graduados para os empregos do futuro. Conhecimentos especializados e tarefas específicas ficarão ultrapassados, mas metacongnição e habilidades acadêmicas de alto nível que envolvem análise  ainda serão importantes”, afirmou.

Segundo o palestrante, pela perspectiva do orçamento público, o ensino superior consome muitos recursos, mas posteriormente o alimenta com impostos de renda mais elevados e níveis mais baixos de desemprego. O representante da OCDE explicou o quanto é importante investir nesse setor: “Em uma economia emergente, investir no capital humano é um dos melhores impulsionadores do crescimento e do progresso social”.

Na segunda etapa da sessão, Paulo Corbucci, coordenador de Educação do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostrou alguns indicadores das desigualdades de acesso à educação superior no Brasil e dados sobre as políticas públicas implantadas com o foco na ampliação de acesso, como o Prouni e o FIES.

“A educação é, talvez, o fator mais importante para o desenvolvimento, e também reflete o estágio de desenvolvimento alcançado pela sociedade na qual se insere”, disse Corbucci.

Indicadores do IPEA mostraram que em 2013, 54% dos alunos de universidades privadas eram beneficiários do Prouni ou do FIES. Para Corbucci, a educação pode contribuir para a redução das desigualdades sociais, mas especialmente em contextos como o brasileiro requer a intervenção de outras políticas públicas.

SERVIÇO

17º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro

Tema: Economia da Educação: valor da educação para a sociedade

Data: 24 e 25 de setembro de 2015

Local: Centro de Convenções Frei Caneca – 4º andar – Rua Frei Caneca, 569 – São Paulo – SP

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp. 

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