O Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior encomendou a Num.br uma pesquisa para identificar o perfil dos jovens universitários e o que eles mais procuram nas redes sociais. André Rossi, diretor de relacionamento da empresa, apresentou durante a 12ª Jornada Regional de Campinas, realizada nessa terça-feira (26 de março) no Mercure Hotel, as aplicações do Big Data para o setor educacional e como elas podem ajudar as instituições de ensino superior a melhorar a tomada de decisões e a captação e retenção de seus alunos.

“O BigData é um conceito lançado no mercado pela Gartner Group em 2003,  que apontou para a necessidade de se observar uma nova realidade de produção de dados na internet caracterizada por 5V’s: volume, velocidade, variedade, veracidade e valor”, explicou Rossi. Com o uso desse conceito, primeiramente a Num.br identificou o perfil dos frequentadores das redes digitais em Campinas e Sorocaba e detectou que a maioria é formada por homens (65%), divididos nas faixas etárias:  dos 18 aos 24 anos (34%), de 25 a 34 anos (30%), de 35 a 44 anos (19%), de 45 a 54 anos (11%), de 55 a 64 anos (5%) e mais de 65 anos (1%). Já as mulheres perfazem um total de 35%, divididas nas faixas etárias: de 18 a 24 anos (44%), de 25 a 34 anos (32%), de 35 a 44 anos (14%), de 45 a 54 anos (6%), de 55 a 64 anos (2%) e mais de 65 anos (2%).

A partir do perfil, foram analisadas 333 menções nas redes sociais de alunos criticando instituições de ensino superior nas redes digitais, nos últimos 12 meses nas regiões de Campinas e Sorocaba. Por ordem de importância surgiram: estrutura (28,28%), atendimento (26,26%), problemas financeiros (24,24%), diploma (10,10%), Fies (6,06%), ProUni (3.03%)  e EAD (2,02%). “Constatamos que desses 28% das menções que se referiam a estrutura das universidades, 57% das pessoas alegaram que a área do aluno no site está desatualizada, principalmente no que diz respeito a notas. Já 21% tiveram algum tipo de problema com a organização durante a aplicação das provas, 11% quanto a acessibilidade ao campus e 4% sobre sujeira dentro das salas”, enumerou Rossi.

De 26% das reclamações sobre atendimento, informações erradas sobre algum procedimento atingiram 38% de insatisfação, problemas para realizar transferência de matrícula entre unidades (23%), falta de informação por parte do funcionário (12%), demora no atendimento e na resolução de procedimentos (11%), dificuldade no contato via telefone (8%), dificuldade com o cancelamento de matrícula (4%) e perda de documentos por parte da instituição (4%).

Dos 24% que destacaram algum tipo de problema financeiro com a instituição, cobrança indevida ficou em 46%, seguido por alto valor da mensalidade (17%), dificuldade para receber algum tipo de reembolso (17%), negociação de dívidas não realizadas (17%) e boleto não recebido (3%).

No quesito diploma, 10% das reclamações foram referentes à demora na entrega e muitos alunos alegaram que já concluíram o curso há mais de um ano e ainda não receberam o documento.  No Fies e no ProUni, 6% dos usuários disseram que não receberam o reembolso no prazo estabelecido pela faculdade do Fies e 3% reclamaram da demora para oficializar a bolsa de estudos do ProUni junto à instituição.

E, por fim, 2% das menções se referiam ao conteúdo estudado nos cursos de ensino à distância. Os alunos disseram que o conteúdo é raso e pensam em trancar o curso devido à falta de qualidade do mesmo.

No entanto, em março de 2016, foi feito novo levantamento para detectar o que os jovens mais procuravam e desejavam na rede e “foi evidente a força do FIES para os alunos, além de temas como ProUni e Sisu, Curso, Vestibular, EAD, Mestrado, Pós-Graduação, Universidade, Doutorado, MBA, Ensino Superior e Bolsa de Estudos, claramente influenciados pelo período do ano”, mostrou Rossi.

A pesquisa selecionou, ainda, notícias que geraram maiores buscas de estudantes na rede pelos cursos da Fatec Campinas. “No mês de outubro a instituição divulgou a abertura de dois cursos superiores gratuitos para a população. Após isso, é observado um crescimento nas buscas pela Fatec”. Outro dado interessante, segundo Simi, foi matéria divulgada na Revista Exame, que indicou os cursos de Arquitetura mais bem avaliados no país, que gerou um crescimento de buscas.

A mesma lógica foi aplicada para os alunos que procuram por informações adicionais sobre os cursos, como qual faculdade fazer, preço das mensalidades, mercado profissional, entre outros. Os cursos que mais cresceram a procura no período nos últimos 12 meses foram: Arquitetura (97%), Pedagogia (97%), Engenharia (90%), Odontologia (89%) e Administração (89%). E os cursos mais buscados na região foram: Medicina (46.693 consultas), Direito (34.174), Psicologia (20.989), Engenharia (20.782) e Odontologia (13.654).

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/.

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