O diretor executivo do Semesp – Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior, Rodrigo Capelato, apresentou nessa quarta-feira (22), um panorama econômico completo e atualizado das Regiões Administrativas da Baixada Santista (9 municípios) e de Registro (14 municípios) durante a 13ª edição das Jornadas Regionais que aconteceu no Mercure Hotel, em Santos.

Segundo levantamento da Assessoria Econômica do sindicato, as matrículas em cursos presenciais na rede privada na região da Baixada Santista cresceram apenas 1,1% em 2015. Em 2014, eram 46.044 alunos matriculados no ensino superior particular e, em 2015, esse número passou a 46.539. Na região de Registro, ao contrário, houve queda de 3,4% (eram 2.526 alunos matriculados em 2014, contra 2.441 em 2015).

No entanto, no levantamento de ingressantes (que iniciam o 1º ano do curso), houve uma queda de 10,3% na Baixada Santista (20.974 ingressantes em 2014 para 18.806 em 2015) e de 15,5% em Registro (1.205 ingressantes em 2014 para 1.018 em 2015). “A queda de ingressantes mostra um quadro de instabilidade econômica e soubemos que das 150 mil vagas ofertadas no Fies em 2016 só 39% delas foram preenchidas, o que vai piorar a situação de ingressantes no ensino superior em 2017”, disse Capelato.

O estudo levantou ainda os cinco cursos presenciais mais procurados na rede privada na RA da Baixada Santista: Direito, Administração, Engenharia Civil, Pedagogia e Enfermagem. E na RA de Registro os preferidos foram: Direito, Enfermagem, Administração, Pedagogia e Formação de Professor de Educação Física.

EAD

Já as matrículas em educação a distância na Região Administrativa da Baixada Santista tiveram um aumento de 3,3% (10.764 matrículas em 2014 contra 11.120 em 2015) e em Registro a queda chegou a 14% (1.764 alunos matriculados em 2014 para 1.517 em 2015). Segundo Capelato, “muita gente apostou que com a crise e a redução brusca do Fies o EAD ia crescer muito no Brasil, e isso não ocorreu porque além do perfil dos alunos que ingressam no presencial e no EAD ser completamente diferente ( no EAD a faixa etária é dos 25 aos 44 anos) a crise que bate no aluno do presencial, bate também no aluno de EAD”.

No entanto, na cidade de Santos os ingressantes cresceram 11,9% (5.633 ingressantes em 2014 para 6.305 em 2015), enquanto na RA de Registro houve queda de 2,2% nos ingressantes (731 alunos ingressantes em 2014 para 715 em 2015).

O diretor comercial do Grupo A, Bruno Weiblen, revelou que o perfil da oferta de EAD está mudando completamente no Brasil porque muitas instituições estão sendo credenciadas para essa modalidade, em função da graduação presencial poder oferecer 20% de atividade a distância. “O mercado era muito concentrado em poucos players e o processo regulatório ainda é bastante burocrático, mas aconselho aos mantenedores buscarem o EAD porque o MEC vai acabar por flexibilizar a modalidade e teremos uma modalidade categorizada e mais híbrida e a qualidade não vai mais estar associada ao presencial ou ao EAD”.

Entre os cursos mais procurados pelos estudantes de EAD na rede privada na Baixada Santista estão: Pedagogia, Administração, Gestão Logística, Gestão de Pessoal/Recursos Humanos e Formação de Professor de História. Na RA de Registro os preferidos foram: Pedagogia, Administração, Serviço Social, Formação de Professor de História e Engenharia de Produção.

Graduação tecnológica

Ainda segundo o panorama, na RA da Baixada Santista houve uma queda na graduação tecnológica de 17,2% nas matrículas da rede privada (6.775 matrículas em 2014 para 5.608 em 2015) e na RA de Registro a porcentagem foi maior e chegou a 20,6% (296 matrículas em 2014 para 235 em 2015).

“Hoje em vários países desenvolvidos como EUA, Alemanha, Coreia do Sul mais da metade dos cursos são tecnólogos e vocacionados para o mercado de trabalho, com duração de dois a três anos. No Brasil, infelizmente, não respondem nem por 10% das matrículas. Desenvolvemos uma pesquisa que será apresentada no próximo dia 27, em São Paulo, e queremos entender o porquê das graduações tecnológicas não decolarem, o que deve ser feito e como podemos trabalhar essas graduações, discutindo o futuro da modalidade para o uso interno das IES e para a formação de políticas públicas. Há uma tendência que começa a aparecer no mundo, o Case Udacity, que nasceu no Vale do Silício, que trabalha o caminho do estudante para conseguir a graduação por meio de microcréditos”, informou o diretor executivo do sindicato.

Centro Univeristário João Pessoa: um case de sucesso

Após a apresentação do panorama econômico, Glauson Mendes, gestor de Marketing do Centro Universitário João Pessoa (Unipê), mostrou como reter e captar mais alunos com o uso do Marketing integrado na prática. O profissional já triplicou o número de alunos matriculados na instituição em curto período de tempo. “O Marketing não pode ser apenas um departamento, mas trabalhar de forma integrada principalmente com a Comunicação e com todos os outros departamentos e o primeiro passo a ser dado é fazer um planejamento estratégico de eventos”.

Mendes atingiu metas firmando três objetivos depois de estudar e ntender a cultura da Unipê. “Eu tinha de ampliar a relevância percebida da população paraibana em relação a instituição, fazer o aluno ter orgulho de fazer parte da Unipê e aumentar o número de matrículas”, lembrou.

A estratégia foi criar núcleos de atendimento com pessoas comprometidas em atender bem. “Instituímos o Núcleo de criação em mídia e comunicação institucional, o Núcleo Digital (conteúdo dos portais) e o Centro de Inteligência e Relacionamento de Negócios (telefonistas bem informadas sobre eventos e Call Center no atendimento do aluno e estratégias de retenção) e por meio desses profissionais demos um melhor atendimento, além dos profissionais das mídias sociais que contratamos para monitorar nossos likes, curtidas e o nosso alcance e a partir das métricas começamos um trabalho de captação e retenção de alunos”.

As próximas edições das Jornadas Regionais acontecerão em Ribeirão Preto (5 de abril), São José dos Campos (3 de maio) e São José do Rio Preto (7 de junho).

Sobre o Semesp – Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/  www.facebook.com/semesp/ https://www.linkedin.com/company/semesp.

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