Fundador do Grupo Educacional Unit, Jouberto Uchôa de Mendonça, aposta na gestão compartilhada

A última sessão do 14º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, que acontece no Hotel Renaissance, em São Paulo, apresentou dois modelos de gestão que tem dado muito certo: a gestão familiar do Grupo Educacional Tiradentes e a empresarial da Estácio de Sá Participações.

O fundador da UNIT, Joubert Uchôa de Mendonça, lembrou das dificuldades do início da instituição em Aracaju, quando, em 1960, possuía 31 alunos e concorria com a única universidade pública, e acabou sendo expulso do prédio em 1967. “Saímos de um prédio e com o apoio dos alunos e de suas famílias criamos os primeiros cursos de administração, contabilidade e pedagogia e de lá para cá fomos progredindo e procurando nos diferenciar preservando a memória do Estado e criando um instituto de pesquisas para trabalhar com empresas da região, entre elas a Petrobras. Hoje temos ações na bolsa e unidades em Aracaju, Maceió e Recife e pretendemos ser não a maior instituição de ensino do Nordeste mas a melhor.”

O sucesso da UNIT tem a ver com o comprometimento das duas gerações da família e a criação de um Conselho de Administração e uma Governança Corporativa, formada por especialistas vindos de grandes corporações e experiência em instituições de ensino no Brasil. “Temos muito planejamento, fazemos avaliação de desempenho, criamos uma Academia de Líderes, com formação constante de nossos docentes e capital humano, auxílio-bolsa, investimos muito em pesquisa, mais de R$ 7.2 milhões em três anos e mantemos intercâmbio com instituições internacionais, enviando cerca de 60 estudantes para Europa, Estados Unidos e México”, contou o filho de Uchôa e superintendente acadêmico da UNIT, Ihanmarck Damasceno.

Outro modelo de gestão diferenciada foi apresentado por Rogério Melzi, presidente da Estácio de Sá Participações. O segredo do crescimento da Estácio de Sá, com cerca de 200 mil alunos, espalhados por 19 unidades estaduais e faturamento de R$ 1,9 bilhão, foi o uso de novas ferramentas de gestão. “Quando percebemos as dores de um crescimento rápido, juntamos as pessoas e começamos a trocar ideias”, lembrou.

Com a abertura de capital em bolsa em 2007, o grupo, baseado em pesquisas, priorizou a construção de conhecimento, preparando seus alunos para o mercado de trabalho, com o uso de novas tecnologias em sala de aula e mídias sociais, além de apostar em conveniência, inovação e aferição de qualidade. Hoje a Estácio de Sá distribui o material didático para seus alunos na residência e todos tem acesso a aulas e estudos por meio de tablets. “Montamos uma plataforma, a Fábrica de Conhecimento, onde o trabalho intelectual produzido por nossos 7,5 mil docentes fica disponibilizado digitalmente e com acesso para todos”, finalizou Melzi.