Cleide Nébias, diretora-executiva da Anhanguera, fala da importância de se ter criatividade

e ideias inovadoras para se montar bons times de liderança.

Na última palestra da 9ª Jornada Regional de São José do Rio Preto, Cleide Nébias, diretora-executiva da Anhanguera, mostrou as estratégias de gestão e os desafios dos líderes das instituições de ensino superior na avaliação institucional.

“Traçar novas estratégias e atuar de forma inovadora e criativa é o que todos os líderes acadêmicos devem fazer, além de se integrarem com outras áreas de atuação como administrativa, financeira, de planejamento, de marketing, de TI e de recursos humanos, para que os planos de ação funcionem de forma adequada”, explicou.

A educadora lembrou ainda que existem etapas que devem ser consideradas quando uma IES deseja abrir um novo curso. Primeiro, ela ensina que os gestores precisam fazer uma pesquisa de mercado para verificar a adequação e posterior divulgação dos diferenciais da IES para potenciais alunos, fazendo uso da área de Marketing.

O segundo passo é elaborar um Projeto Pedagógico do Curso pela área acadêmica, com a seleção e a capacitação de professores, além da organização e acompanhamento dos processos de autoavaliação.

A terceira etapa é definir o currículo com os profissionais da área pedagógica que devem estar afinados com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Ainda para Cleide, o planejamento financeiro, para garantir os investimentos que deverão ser feitos, como recebimento das mensalidades, previsão da inadimplência, pagamento dos professores e colaboradores e projeção do número de alunos ao longo do curso  são fundamentais para que o curso tenha o retorno desejado.

E com a interação da área administrativa, a última etapa a ser cumprida é  organizar e instalar a infraestrutura, como laboratórios e bibliotecas, para o uso dos alunos.

Entendendo o Conceito Preliminar de Curso

O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, finalizou a 9ª Jornada Regional de Rio Preto explicando a complexa metodologia para se calcular os índices do Conceito Preliminar de Cursos (CPC): o IDD (Índice de Desempenho do Concluinte) e o IGC (Índice Geral de Cursos). Ele também relembrou o conceito e composições do CPC e as mudanças para a nova fórmula de cálculo, além de apresentar como é feita a avaliação da infraestrutura do Projeto Pedagógico até 2011 e 2012.

No início de 2012, o Semesp, em conjunto com o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, levou ao Governo preocupações sobre o cálculo desses indicadores, em virtude da dispensa dos alunos ingressantes para realização do Enade em 2011. Foi criada uma Comissão para discutir o novo modelo dos indicadores e manter o diálogo permanente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

“Durante as reuniões, conseguimos reduzir o peso de alguns indicadores e aumentar o de outros, o que levou a um melhor equilíbrio, porém, ainda não é o ideal”, finalizou Capelato. As mudanças foram na nota dos ingressantes, que reduziu de 15% para 0%; da nota do Enade de concluinte, que subiu de 15% para 20%; do IDD, que era de 30% e foi para 35%; a infraestrutura, o projeto pedagógico, mestres e regime de trabalho, que antes tinham 5%, passaram a ter 7,5% e doutores, que antes tinham o peso de 20%, passaram a 15%.