Cleide Nébias, diretora-executiva da Anhanguera, abordou em sua palestra as estratégias de gestão e os desafios dos líderes na avaliação institucional. “Traçar novas estratégias e atuar de forma inovadora e criativa é o que todos os líderes acadêmicos devem fazer, além de se integrarem com outras áreas de atuação como administrativa, financeira, de planejamento, de marketing, de TI e de recursos humanos, para que os planos de ação funcionem de forma adequada”, falou.

A educadora contou que na Anhanguera quatro etapas foram consideradas para abrir um novo curso e melhorar a gestão. Primeiro, os gestores fizeram uma pesquisa de mercado para verificar a adequação e posterior divulgação dos diferenciais da universidade para os potenciais alunos de um novo curso, fazendo uso da área de Marketing. Em seguida, a área acadêmica elaborou um Projeto Pedagógico do Curso usando  a seleção e a capacitação de professores, além da organização e acompanhamento dos processos de autoavaliação.

Em um terceiro momento definiram o currículo com os profissionais da área pedagógica para estarem afinados com as Diretrizes Curriculares Nacionais e também o planejamento financeiro, para garantir os investimentos que devem ser feitos, como recebimento das mensalidades, previsão da inadimplência, pagamento dos professores e colaboradores e projeção do número de alunos ao longo do curso.

Por último, e com a ajuda e interação da área administrativa, organizaram e instalaram a infraestrutura de determinado curso, pensando nos laboratórios e bibliotecas, para aplicação das aulas e uso dos alunos.

Conceito Preliminar de Curso e variáveis

O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, finalizou a 9ª Jornada Regional de São José dos Campos explicando a metodologia para se calcular os índices do Conceito Preliminar de Cursos (CPC,: o IDD (Índice de Desempenho do Concluinte) e o IGC (Índice Geral de Cursos), além de relembrar o conceito e composições do CPC e as mudanças para a nova fórmula de cálculo e apresentar como é feita a avaliação da infraestrutura do Projeto Pedagógico até 2011 e 2012.

No início de 2012, o Semesp, em conjunto com o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, levou ao Governo preocupações sobre o cálculo desses indicadores, em virtude da dispensa dos alunos ingressantes para realização do Enade em 2011. Foi criada uma Comissão para discutir o novo modelo dos indicadores e manter o diálogo permanente com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

“Durante as reuniões, conseguimos reduzir o peso de alguns indicadores e aumentar o de outros, o que levou a um melhor equilíbrio, porém, ainda não é o ideal”, disse Capelato. As mudanças foram na nota dos ingressantes, que reduziu de 15% para 0%; da nota do Enade de concluinte, que subiu de 15% para 20%; do IDD, que era de 30% e foi para 35%; a infraestrutura, o projeto pedagógico, mestres e regime de trabalho, que antes tinham 5%, passaram a ter 7,5% e doutores, que antes tinham o peso de 20%, passaram a 15%.

Capelato informou ainda que o mesmo grupo tem por objetivo criar uma série de indicadores para medir outros CPCs mais regionais, com diferencial para faculdades, universidades e centros universitários e destensionar essa variável para IES de pequeno, médio e grande porte.