Responsáveis pelos principais rankings nacionais destacaram os pontos fortes e fracos dos indicadores que podem melhorar a qualidade e a competitividade das IES

O coordenador científico do Programa SciELO (Scientific Electronic Library Online), responsável pelo ranking do jornal Folha de S. Paulo (RUF), Rogério Meneghini, a editora do Guia do Estudante do Grupo Abril, Lisandra Matias, e a diretora de Avaliação da Educação Superior do DAES/INEP/MEC, Claudia Maffini Griboski, participaram da sessão “Competitividade, rankings e qualidade”, durante a abertura do segundo dia do 15º FNESP – FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, realizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp).

“Hoje há cerca de 150 milhões de estudantes universitários e 3 milhões deles são imigrantes (2%). O crescimento de estudantes estrangeiros no País é de 15% ao ano e esse movimento de migração acadêmica, embora ainda baixo aqui, começa a motivar as instituições de ensino superior, que veem nesse segmento de mercado uma possibilidade de aumentar seus recursos financeiros”, alertou Meneghini. No entanto, segundo o especialista, as universidades estrangeiras, além da motivação financeira, percebem nesses candidatos vantagens competitivas, por voltarem do exterior diferenciados e mais motivados para o mercado de trabalho. Além disso, para os países que têm interesse no afastamento temporário e subsidiado de seus estudantes, é importante que as universidades de destino possam ser avaliadas e levadas em conta para tomadas de decisão, “daí a importância dos rankings de qualidade”.

Embora existam vários rankings de qualidade do ensino superior espalhados pelo mundo, no Brasil, segundo Meneghini, para avaliar e pesquisar a qualidade dos cursos das IES, os indicadores na mensuração de quantidade e qualidade da pesquisa são mais diretos, mas requerem ainda muitos cuidados na pontuação. “Indicadores que recebem alta pontuação nos rankings internacionais são citações e publicações, mas se aplicados no RUF, por exemplo, teria como resultado a divisão das universidades por duas categorias: universidades de pesquisa e universidades de ensino”, explicou Meneghini. Quando uma universidade dá ênfase em pesquisa os valores cienciométricos ficam elevados “e, aqui, embora os regulamentos sejam alterados para melhorar as performances do ponto de vista dos rankings, nem sempre tais mudanças vem em real benefício para a universidade”, finalizou.

A especialista e diretora de Avaliação de Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (DAES/Inep), Claudia Maffini Griboski, defendeu os principais indicadores de qualidade dos cursos de graduação das IES e do desempenho de estudantes instituídos pela lei do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – Sinaes e enfatizou que “a melhoria na qualidade do ensino superior só será possível se todas as instâncias dos órgãos e conselhos de educação trabalharem juntos participando dos resultados para que alcancem a competitividade no âmbito global”.

Cláudia lembrou ainda da evolução no número de IES que vem passando por processos avaliativos. Em 2004 das 2.103 IES que existiam, apenas 11 passaram por avaliações, em 2012 o número de IES cresceu para 2.416 e 243 foram avaliadas. Nos cursos de graduação as avaliações também cresceram: em 2004 eram apenas 18.644 cursos e 1.908 foram avaliados; em 2012 o número de cursos aumentou para 31.866 e 4.317 deles passaram por avaliação.

A editora do Guia do Estudante, Lisandra Matias, finalizou a sessão lembrando que o ranking do Grupo Abril foi criado com o objetivo de informar aos seus leitores pesquisas de opinião sobre a qualidade de universidades, cursos e as melhores opções de profissões. Após nove meses de pesquisa, cursos e IES recebem avaliações por estrelas: 5 estrelas (excelente); 4 estrelas (muito bom), 3 estrelas (bom); 2 estrelas (regular) e 1 estrela (fraco).

Segundo a editora do guia, a edição de 2014, que deve ser distribuída nas bancas em outubro desse ano, “vai mostrar a avaliação de 11.903 cursos que atenderam os pré-requisitos da pesquisa: ser presencial, com titulação em bacharelado (com exceção de pedagogia, educação física e tecnológico) e possuir uma turma formada há pelo menos um ano”. Nesse universo, Lisandra adianta alguns resultados: “6.115 cursos receberam estrelas sendo 3.636 com 3 estrelas, 1.874 com 4 estrelas e 604 com 5 estrelas. Já as IES de 1.607 avaliadas, 942 receberam estrelas”.

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega 370 mantenedoras e 545 mantidas, que oferecem cursos em 162 municípios do estado de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp e www.twitter.com/semesp_online.

Serviço

15º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro
Data: 26 e 27 de setembro de 2013
Local: Hotel Renaissance – Alameda Jaú, 1.620 – Jardins – São Paulo – SP

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