George Kuh, da Universidade de Indiana, diz no 15º FNESP que “professores precisam parar de reclamar dos alunos
com deficiências no ensino e partir do ponto onde o conhecimento do aluno se encontra”.

 O diretor do Instituto Nacional de Resultados da Avaliação da Aprendizagem (Niloa), da Universidade de Indiana (EUA), George D. Kuh, apontou caminhos para que as instituições de ensino superior brasileiras promovam a retenção de seus estudantes, na sessão “Competitividade e gestão dos estudantes – retenção e fidelização”, que aconteceu nesta quinta-feira (26) durante o 15º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, realizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp).

“Cinco prioridades devem ser levadas em conta para reduzir a evasão no ensino superior: investir mais tempo no que funciona; tornar as práticas efetivas obrigatórias; excluir programas ineficazes; estimular em cada estudante uma experiência de alto impacto e ter em mente que o dinheiro é importante mas é preciso saber como investi-lo”, pontuou Kuh. O pesquisador disse ainda que em um ambiente complexo e dinâmico como o universitário, “os gestores das IES brasileiras precisam dedicar um bom tempo à discussão sobre as melhores práticas de relacionamento com os alunos e à elaboração de estratégias que favoreçam o engajamento dos estudantes, além de não reclamarem do nível em que os alunos chegam ao ensino superior”.

Para Kuh, futuramente governos vão exigir das instituições de ensino superior maiores índices de conclusão de curso como medida de avaliação e qualidade das mesmas. A forma de se atingir metas de retenção para que cada vez mais estudantes concluam os cursos é por meio de pesquisas com perguntas diretas e simples aos estudantes sobre o que gostam mais e com quem e como estudam, além, é claro, de criar práticas educacionais de alto impacto para uma maior engajamento desses alunos, como experiências externas na participação de fóruns, seminários, workshops, atividades comunitárias, cursos intensivos de redação, projetos e tarefas em grupo que ensinem práticas para o trabalho e diálogo com empregadores, além de estimular a criatividade e o aprendizado interdisciplinar.

Práticas desenvolvidas pelo professor Kuh vem sendo implantadas no Instituto Presbiteriano Mackenzie com sucesso. Francisco Solano Portela Neto, Diretor Educacional da instituição, relatou como criou um departamento só para cuidar de retenção. “Fizemos um estudo a partir da aplicação de uma pesquisa, que se iniciou em 2009 e se estendeu em 2010 e 2011. Todas as áreas da escola foram envolvidas para montar um plano estratégico, com o estabelecimento de metas para reduzir a evasão em 2012”, lembrou. Os resultados já apareceram com um acréscimo só em 2013 de mais de R$ 1 milhão.

 

Sobre o Semesp

 Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega 370 mantenedoras e 545 mantidas, que oferecem cursos em 162 municípios do estado de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp e www.twitter.com/semesp_online.

 

Serviço

15º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro
Data: 26 e 27 de setembro de 2013
Local: Hotel Renaissance – Alameda Jaú, 1.620 – Jardins – São Paulo – SP

 

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