Cerca de 800 projetos foram apresentados no  1º dia do 13º Conic 

Trabalhos destacaram a Defesa ao meio ambiente, preservação da fauna e flora e mobilidade e planejamento urbanos

Durante o primeiro dia do 13º Congresso de Iniciação Científica (CONIC), realizado pelo Semesp – Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo, em parceira com a Anhanguera Educacional (Unidade 3 – Campinas), foram apresentados 787 trabalhos, em três sessões, divididas em 376 painéis e 411 salas. Os trabalhos foram distribuídos em cinco áreas: Ciências Biológicas (329); Ciências Exatas e da Terra (35); Ciências Humanas e Sociais (150); Ciências Sociais e Aplicadas (79) e Engenharias (194).

O evento, que tem como tema o Ano Internacional de Cooperação pela Água, teve várias apresentações de projetos ligados ao tema, como o da estudante Luciene de Aguiar Rocha Donetti, atualmente cursando o 5º semestre de Medicina Veterinária da Faculdade de Jaguariúna (FAJ), que desenvolveu um estudo baseado no Projeto Furnas, onde produtores de peixes cultivam várias espécies para produção comercial.

“Escolhi a tilápia branca do Nilo por ser uma espécie que não reproduz tão facilmente e tem de ser monitorada, especialmente no aspecto qualidade da água”, contou. A estudante concluiu em sua pesquisa científica, depois de coletar exemplares da espécie e fazer análise das brânquias, que a água estava com o PH muito ácido causando estresse na tilápia, o que causaria em futuro próximo uma série de problemas para sua reprodução, comprometendo a comercialização do pescado pelos produtores locais.

Letícia de Gois Costa, cursando o último ano de Ciências Biológicas da Módulo Caraguatatuba, avaliou os impactos das atividades de maricultura na Enseada de Ubatuba. “Montei algumas armadilhas em três locais da enseada e após coletar 123 peixes de várias espécies cheguei a conclusão de que o local onde havia mexilhões, os peixes aumentavam o tamanho e o peso mais rapidamente do que em locais sem a presença deles”, concluiu.

A dupla da UniABC, Gislay Anunciata de Oliveira e Carolina Rauseo Garcia, cursando o 8º semestre de Ciências Biológicas, apresentaram um projeto de preservação e gestão comercial do Cambucizeiro, espécie de fruto em extinção da Mata Atlântica. “É preciso ensinar a população mais jovem de Santo André, que utiliza o cambuci na produção de salgados, hambúrgueres, doces, cachaça, sorvetes, sucos, a explorar o fruto de forma sustentável para evitar sua extinção, sem comprometer a relação sócio-econômica que a espécie gera para a população mais velha da região.”

Planejamento Urbano 

O aluno do 6º ano de Engenharia e Controle de Automação da Anhanguera de Jacareí, Alexssandro Siqueira Jr, desenvolveu um aplicativo, o Smart Bus, para ajudar idosos e deficientes visuais a entrar no transporte coletivo com segurança. “Estava em um ponto de ônibus quando vi um idoso dar o sinal para o coletivo e quase ter seu braço arrancado pelo motorista descuidado”, lembra. O projeto consiste em criar e instalar um poste feito de ferro galvanizado, durável, diferente em termos visuais, que forneça por uma rede sem fio informações visuais e sonoras de que o ônibus esteja chegando ao ponto ou pelo celular (smartphone) ou no próprio poste, para pessoas que não conseguem entender os smartphones. No entanto, o estudante precisa de patrocínio, pois o projeto está apenas no começo e ainda precisa concluir o software que fará essa ponte entre poste, Smart Bus e ônibus, o que encarece muito o produto.

Já Jéssica dos Santos, do 2º ano de Arquitetura e Urbanismo da Fiam/Faam, apresentou um projeto para reurbanizar o Parque Dom Pedro II, no centro de São Paulo. “Cada vez mais, nas grandes cidades, espaços públicos ficam degradados e essa situação tem de mudar. Tenho esperança que independentemente dos lobbies políticos, São Paulo será mais humana no futuro”, diz Jéssica. Segundo ela, em seu projeto, a grande dificuldade encontrada hoje para a atual situação do parque é que são 700 metros de recurso entre o metrô e o terminal de ônibus, sem contar com a falta de segurança para andar nessa região e paisagem desagradável.

Números 

O 13º Conic novamente teve recorde de participação: 1.982 trabalhos inscritos (contra 1.949 trabalhos em 2012 e 1.932 em 2011). Desses, 1.574 foram aprovados para apresentação no Congresso.

Os trabalhos foram produzidos por 3.408 alunos pesquisadores autores e coautores (contra 2.641em 2012) e orientados por 1.291 professores (contra 1.117 professores ano passado) de 233 instituições de ensino superior de todas as regiões do país. Os trabalhos estão divididos em cinco áreas do conhecimento: Ciências Biológicas e da Saúde (575), Ciências Exatas e da Terra (74), Ciências Humanas e Sociais (421), Ciências Sociais Aplicadas (318) e Engenharias e Tecnologias (490). Na divisão por categorias, os trabalhos concluídos totalizam 683 (36%) e os em andamento 1.195 (64%).

A região Sudeste concentra a maior participação esse ano (93,5%). Do Estado de São Paulo foram 1.519 inscrições, seguindo-se Minas Gerais com 76, Rio de Janeiro com 28 e Espírito Santo com apenas dois trabalhos inscritos.

Os números registram um crescimento de mais de 89% na comparação com a primeira edição do CONIC, realizada em 2001, quando 994 trabalhos foram inscritos e representam um aumento considerável na participação dos estudantes das IES privadas – 1.739 inscrições (93%) contra 135 (7%) trabalhos de alunos de IES públicas.

Serviço 

13º Congresso Nacional de Iniciação Científica – CONIC-SEMESP

Data: 29 e 30 de novembro de 2013

Horário: Dia 29, das 9h30 às 18h

Dia 30, das 9h às 16h
Local: Faculdade Anhanguera de Campinas – Unidade 3
End.: Rua Luiz Otávio, 1.313 – Taquaral – Campinas – SP

Sobre o Conic 

O Congresso Nacional de Iniciação Científica é realizado desde 2001 e tem como objetivo identificar talentos, estimular a produção de conteúdo científico além de viabilizar na prática os projetos apresentados pelos alunos, por meio do exercício da criatividade e de conhecimentos adquiridos.

O Conic apoia o desenvolvimento intelectual contínuo dos alunos do Ensino Superior, incentiva a pesquisa, a arte e a cultura e busca facilitar o contato com o que há de mais novo no mercado, ao mesmo tempo em que promove visibilidade e valor aos trabalhos apresentados.

Para os professores-pesquisadores e para as próprias Instituições de Ensino Superior (IES), o evento representa um estímulo ao engajamento dos estudantes de graduação no processo de investigação científica, o que contribui para a formação de profissionais cada vez mais qualificados para o mercado de trabalho. Além disso, a contribuição científica agrega para as IES um inestimável valor social e institucional.

A edição deste ano do CONIC-SEMESP, influenciada pela campanha da Unesco no Brasil, definiu o tema do evento como o Ano Internacional da Cooperação pela Água. O Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março como meio para chamar a atenção sobre a importância da água doce e defender a gestão sustentável dos recursos hídricos.

Sobre o Semesp 

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega 370 mantenedoras e 545 mantidas, que oferecem cursos em 162 municípios do estado de São Paulo. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à Educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro; o Congresso Nacional de Iniciação Científica; e as Jornadas Regionais, realizadas em cidades do Interior do Estado de São Paulo. Para saber mais sobre o Semesp, acesse  www.semesp.org.br/portal / ou www.facebook.com/semesp  e www.twitter.com/semesp_online.

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