Créditos: Gustavo Morita

O 16º FNESP – Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, organizado pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), inovou ao aplicar dinâmicas de aprendizagem ao vivo com os cerca de 500 participantes. Foram aplicadas perguntas onde as pessoas deveriam responder “sim” ou “não” por meio da ferramenta clicker, equipamento eletrônico que mostra em tempo real o resultado e cuja função é proporcionar  maior interação entre alunos e professores e maior interesse pelas aulas.

Durante o evento, também foi lembrado o método precursor de ensino Peer Instruction ou Aprendizagem pelos Pares, criado pelo professor Eric Mazur, do Departamento de Física da Universidade Harvard (EUA), que ensina o aluno a ler os textos em casa e ficar atento às explicações do professor para responder às questões durante a aula, possibilitando ao professor identificar se os alunos compreenderam ou não a matéria.

O impacto dessas novas metodologias de aprendizagem na vida de alunos do ensino superior e o concept of disruptive learning foram os principais pontos abordados no decorrer da sessão “Ecossistema acadêmico: quais são as dinâmicas no processo de ensino e aprendizagem que irão impactar as IES?”, que contou com participação dos palestrantes Michele R. Weise, pesquisadora sênior de Educação Superior do Instituto Clayton Christensen, dos Estados Unidos, e de Antonio Sávio, responsável pelo Laboratório de Metodologias Inovadoras do Unisal, unidade Lorena.

De acordo com Michele Weise, responsável pela publicação do livro Disrupting Class, o ensino híbrido aplicado pelo instituto, que combina o ensino online com o presencial, analisado pela ótica da teoria da inovação disruptiva, ajuda o setor a prever e planejar as salas de aula de hoje e as escolas de amanhã. “Há dois tipos básicos de inovação: sustentada e disruptiva, que seguem diferentes trajetórias e levam a resultados distintos”, enumerou.

As inovações sustentadas ajudam na criação de melhores produtos ou serviços que frequentemente podem ser vendidos com maiores lucros para seus melhores clientes. Já as inovações disruptivas não procuram trazer produtos melhores para clientes existentes em mercados estabelecidos e sim oferecem uma nova definição do que é bom, assumindo normalmente a forma de produtos mais simples, mais convenientes e mais baratos que atraem clientes novos ou menos exigentes. “Com o tempo, essas inovações disruptivas se aperfeiçoam o suficiente para que possam atender às necessidades de clientes mais exigentes”, explicou Weise.

Ela comparou ainda as diferenças e semelhanças no ensino superior do Brasil e dos Estados Unidos: “Temos algumas diferenças culturais e de gestão entre as nossas instituições, mas também temos semelhanças, como a crescente demanda de matrículas e o custo cada vez mais alto das instituições. Repensar a educação também envolve avaliar o que acontece fora do setor educacional.”

Antonio Sávio, que aplica na Unisal as novas metodologias de ensino disse que “as instituições precisam encarar o aluno como sujeito ativo do próprio processo de educação e que as IES devem trabalhar a formação permanente do seu docente, para que ele entenda que é um mediador nesse processo de ensino e aprendizagem”. Segundo ele, essas novas metodologias devem considerar a realidade do Brasil e outro ponto relevante é o caminho que as IES têm de considerar na implementação desses métodos, levando em consideração o tripé gestor, professor e aluno, convergindo para a mesma cultura e buscando um trabalho de resultados positivos para todos”.

Ao final de sua apresentação, Sávio convidou os participantes a interagir e a responder os desafios propostos por meio de mensagens em Origami que foram distribuídas e em questionários de perguntas e respostas com o uso do clicker.

Alexandre Nunes Theodoro, superintendente da FAESA e coordenador do debate, compartilhou com Weise e Sávio a importância dos novos métodos de aprendizagem e afirmou que “se as IES não se  preocuparem com a conectividade os alunos vão perder o interesse nas aulas. O dia a dia da aula precisa ser diferente, mais dinâmico para deixar o aluno ativo”.

DIA 26 DE SETEMBRO

14h30 às 16h30 – Debate de encerramento:

Líderes que estão repensando o ensino superior: o desafio da mudança e as boas experiências

Apresentação de documentário sobre as boas práticas de ensino e as experiências de aprendizado estudantes.

Caco Barcelos – Jornalista, escritor e apresentador do programa Profissão Reporter, da Rede Globo.

Equipe de produção do Profissão Repórter

Sobre o Semesp

Fundado em 1979, o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo – Semesp congrega cerca de 200 mantenedoras no Estado de São Paulo e no Brasil. Tem como objetivo preservar, proteger e defender o segmento privado de educação superior, bem como prestar serviços de orientação especializada aos seus associados. Periodicamente, realiza uma série de eventos, visando promover a interação entre mantenedoras e profissionais ligados à educação. Dentre eles, destacam-se o Fórum Nacional: Ensino Superior Particular Brasileiro, o Congresso Nacional de Iniciação Científica e as Jornadas Regionais pelo Interior de São Paulo. Para saber mais, acesse www.semesp.org.br/portal/ ou www.facebook.com/semesp ehttps://www.linkedin.com/company/semesp . E para ter acesso aos cursos da Universidade Corporativa Semesp acesse:  http://www.uc.semesp.org.br

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