Dados Brasil

13ª edição / 2023

Dados Brasil – 13ª edição / 2023

Introdução

Introdução

O total de matrículas cresceu 3,5% de 2020 para 2021.

O número de matrículas na modalidade EAD aumentou 19,7%.

Depois de um 2020 crítico, com queda de 9,4% das matrículas, os cursos presenciais apresentaram novamente uma queda de 5,5% em 2021.

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Depois de sermos pegos de surpresa por uma pandemia em 2020, que afetou diretamente a educação superior, o setor seguiu sendo impactado pela crise sanitária em 2021. Ainda que parte dos cursos de instituições de ensino superior tenha retomado as aulas presenciais, o ensino remoto continuou presente e predominante, agora de forma mais organizada, entrando definitivamente na rotina de estudantes e docentes.

Isso aconteceu, em parte, por causa da explosão de novos casos de Covid-19 no primeiro semestre do ano, o que demonstrou que a pandemia ainda estava entre nós (a OMS declarou o fim da Emergência de Saúde Pública da pandemia da Covid-19 em maio de 2023). 2021 assistiu também ao início da vacinação, apontando um caminho para uma convivência mais segura com o novo coronavírus.

Todo esse contexto nos ajuda a entender o cenário do ensino superior em 2021. Depois de um crescimento ínfimo de apenas 0,9% no número de matrículas no período anterior, 2021 viu esse índice crescer para 3,5%, uma vitória para um setor que, inicialmente, considerou a crise sanitária um túnel sem saída.

Mais uma vez, como nos últimos anos, o aumento das matrículas foi vinculado ao avanço de alunos na modalidade EAD. Ainda que esse crescimento tenha sido 7,1 pontos percentuais menor do que em 2020, em 2021 ele foi de 19,7%, mesmo patamar de 2019.

Fonte: Instituto Semesp | Base: INEP
*Matrículas no Ensino Superior em 2021
**Há também 2.724 matrículas de alunos no exterior em cursos EAD de IES brasileiras em 2021

Já as matrículas presenciais continuam caindo. Em 2021, o decréscimo de alunos na modalidade foi de 5,5% (contra 9,4% em 2020; mas ainda acima dos 3,8% de 2019). Esse índice segue preocupando o setor, já que implica na queda do número de jovens entre 18 e 24 anos ingressando em faculdades, centros universitários e universidades. Esse impacto é percebido na taxa de escolarização líquida, que insiste em seguir bem aquém dos 33% estabelecidos para 2024 pelo Plano Nacional de Educação.

Outra estatística que se mantém firme no setor da educação superior brasileira é a predominância de instituições de ensino superior da rede privada (87,8%) e a representatividade que elas detêm no número de matrículas: 76,9% das matrículas do país estão concentradas na rede privada. Ainda que parte dessas matrículas tenham migrado dos cursos presenciais para os da modalidade EAD, com mensalidades bem mais baixas, a importância econômica do setor privado é incontestável.

Pelo primeiro ano, o Mapa do Ensino Superior no Brasil, além dos dados de evasão, apresenta também os indicadores de trajetória dos alunos, usando como exemplo os ingressantes de 2017. Divididos por porte e categorias administrativas das IES e cursos presenciais e EAD, os números mostram que, na média, apenas 26,3% desses ingressantes concluíram seus cursos. Os gráficos apresentam percepções interessantes que podem ajudar as IES a tomarem decisões estratégicas para reterem os estudantes.

Esses números também seguem nos dizendo sobre a importância da construção de políticas públicas de Estado eficientes para democratizar o acesso ao ensino superior e promover o desenvolvimento econômico e social de nosso país. Na contramão dos dados, no entanto, o número de bolsas concedidas pelo FIES e ProUni, dois dos principais programas governamentais de acesso para estudantes de baixa renda, vem caindo ano a ano.

Fonte: Instituto Semesp | Base: INEP
*Matrículas no Ensino Superior em 2021
**Há também 2.724 matrículas de alunos no exterior em cursos EAD de IES brasileiras em 2021

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