Presidentes de entidades do setor da educação debatem sobre documento elaborado pelo Semesp

Mais uma vez assumindo seu papel de protagonista no setor da educação superior, o Semesp realizou, nesta terça (2), o quarto episódio da série de webinares “Educação & Democracia: Novas propostas de Políticas Públicas para o Ensino Superior”, cujo principal objetivo é debater a terceira versão do documento Diretrizes de Política Pública para o Ensino Superior Brasileiro, lançado em maio pela entidade.

Nesta nova rodada de discussões, participaram o presidente da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, Pe. João Batista Gomes de Lima; a presidente do CRUB, Lia Maria Herzer Quintana; e o presidente da Abruc – Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, Claudio Alcides Jacoski. Os três apresentaram sugestões para o documento e temas que precisam ser debatidos sobre o ensino superior e a educação em geral.

Webinar debate políticas públicas para ensino superior

Para Pe. João Batista Gomes de Lima, a educação deveria ser um tema político central por excelência. Ele destacou que não há educação de qualidade se esta não estiver alicerçada por boas políticas públicas, da educação básica ao ensino superior. “O documento elaborado pelo Semesp é bastante feliz e traz propostas sobre os principais pontos de avanço e melhorias para a educação brasileira”, disse ele.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil, a política só funciona a partir da pressão da sociedade e do interesse das lideranças, por isso, as entidades de educação precisam atuar de modo político para influenciar a elaboração de políticas públicas de maior eficácia.

A presidente do CRUB, Lia Maria Herzer Quintana, também elogiou a amplitude e consistência do documento elaborado pelo Semesp com a ajuda de especialistas do setor. Para ela, o próximo passo é publicizar o documento entre os atores da educação, inclusive a sociedade civil, para que o setor tenha maior força política para implantar reais diretrizes para a educação brasileira. “Precisamos nos unir em prol do ensino superior de qualidade e que leve ao desenvolvimento do país”, defendeu ela.

Especialistas debatem propostas do Semesp de políticas públicas

“Existe uma necessidade atual de reformulação da educação como um todo”, decretou Claudio Alcides Jacoski. “Precisamos de um conjunto de soluções não apenas para o ensino superior, mas para a educação básica, o ensino médio. Não é possível pensar a educação superior isolada do contexto educacional do país”, avaliou ele. “O estado atual da educação brasileira é preocupante e é preciso a construção de documentos, como o elaborado pelo Semesp, para termos um plano claro do que queremos”.

De acordo com o presidente da Abruc, um dos pontos importantes que o documento do Semesp aponta é a questão da governança, que deve buscar um maior estreitamento com o setor produtivo. “É preciso uma verdadeira modificação do modelo da educação superior, mudanças que passam por problemas a serem vencidos, caso da regulação e do financiamento, fundamental para que o ensino superior realmente avance” concluiu.

Três ex-ministros da educação debatem documento elaborado pelo Semesp

Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, e Lúcia Teixeira, presidente da entidade, no início do webinar Educação & Democracia

Documento-vivo

O debate entre os participantes foi conduzido pelo diretor de Relações Institucionais do Semesp, João Otávio Bastos Junqueira. No início das discussões, ele reforçou que o documento Diretrizes de Política Pública para o Ensino Superior Brasileiro não tem a pretensão de esgotar nenhum dos sete itens que contemplados na publicação: governança, regulação, avaliação, financiamento, educação profissional e tecnológica, formação de professores e ciência e internacionalização. “O documento é vivo, dinâmico e está aberto para contribuições que o aprimorem e o tornem uma influência para a elaboração de políticas públicas”, afirmou ele.

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, também participou do webinar. Ela agradeceu aos educadores que contribuíram e seguem contribuindo nas discussões sobre o documento. “Nós entidades e educadores estamos juntos em muitas lutas, representando a diversidade do setor”, apontou ela.