Uma discussão sobre avaliação da aprendizagem no ambiente online marcou o terceiro e último dia do II Encontro da Metared no Brasil, realizado virtualmente nesta sexta-feira, 4. Com mediação do coordenador do GT de Tecnologias Educacionais da Metared, Marco Antonio Garcia de Carvalho, e participação do gestor do Projeto NAU, Área de Serviços Avançado da FCCN, Pedro Cabral, e do diretor Executivo de Ensino a Distância da  Unicesumar, Janes Fidélis Tomelin, a mesa redonda apresentou os desafios que as IES estão enfrentando com a questão da avaliação em razão da transição para as aulas remotas.

De acordo com Marco Antonio Garcia de Carvalho, os desafios são grandes, principalmente entre as IES que não tinham estruturas adequadas ou modelos pedagógicos definidos para o ensino a distância. “É uma avaliação para a aprendizagem, não da aprendizagem”, pontuou. “É uma questão que envolve ética, privacidade, inclusão social e tecnologias de comunicação”, listou.

Pedro Cabral destacou que as IES precisam, inicialmente, entender que há uma diferença entre ensino a distância e o ensino remoto de emergência. “Existem diferenças relacionadas à pedagogia, uso da tecnologia, tempo e à própria avaliação”, explicou. “No caso da tecnologia, por exemplo, no ensino online é uma questão estratégica, já no remoto presencial, ela é um mecanismo. No caso da avaliação, no ensino online ela é contínua, já no emergencial, ela é uma replicação do presencial”.

II Encontro da Metared no Brasil foi aberto nesta quarta (2)

Atualmente desenvolvendo um projeto de comparação entre as plataformas disponíveis no mercado, Cabral destacou que as soluções não respondem na totalidade às necessidades das IES e enfrentam barreiras legislativas e de regulamentos institucionais, além de terem custos elevados.

Para Janes Fidélis Tomelin, a avaliação é um componente do processo de ensino e mede e a qualificação dos resultados e do processo de ensino. “É preciso manter uma coerência entre a metodologia de ensino e a avaliação, e a tecnologia é uma resposta para isso”, afirmou. “A tecnologia também tem ajudado na tomada de decisões porque todos os dados são combináveis e rastreáveis. A avaliação é um insumo do planejamento e processo pedagógico”, defendeu. Ele explicou ainda que, na Unicesumar, as avaliações são guiadas por quatro pilares: experiência, vivência, permanência e trabalhabilidade.

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GTs

O terceiro dia do II Encontro da Metared no Brasil contou ainda apresentações de mais dois GTs da rede colaborativa: Tecnologias Educacionais e Segurança da Informação. Marco Antonio Garcia de Carvalho, coordenador do GT de Tecnologias Educacionais, disse que o objetivo do grupo é avaliar o uso de recursos para melhorias nos processos de ensino e aprendizagem, entre outras ações, como avaliação de competências digitais dos docentes; fomentar iniciativas que tenham como meio de uso os recursos TICs e a organização de webinares.

O coordenador do GT de Segurança da Informação, Domingos Sávio A. Machado, destacou que o tema do grupo é bastante importante para as IES. “A pandemia deixou isso ainda mais evidente, com o aumento do número de ataques de invasão e exposição de dados”, afirmou. “Outro objetivo atual do GT é trabalhar em cima da nova Lei Geral de Proteção de Dados. As IES precisam se adequar ao uso dos dados”.