Entre vários pré-requisitos de mais de mil anúncios em jornais em busca de engenheiros em Portugal, pesquisa da Universidade do Minho constatou que havia mais de 1.500 exigências de conhecimento técnico na área, mas quase o triplo, ou cerca de 4.300, apontavam para a necessidade de competências transversais como liderança, línguas, comunicação e trabalho em equipe.

O professor Rui Lima, da Universidade do Minho, que esteve recentemente no Brasil, na Universidade Federal do ABC, mostrou que o método PBL (Problem Based Learning, ou Aprendizado Baseado em Problemas), aplicado há 10 anos na instituição superior, e onde o curso de Engenharia de Produção é considerado o melhor do país, disse que o segredo é: “desde o primeiro semestre o aluno tem oportunidade de investigar protótipos e estabelece contato privilegiado com o setor produtivo ao longo da graduação para desenvolver trabalhos práticos, além de uma formação mais interdisciplinar”. Significa que cada trabalho tem interação com professores de várias disciplinas, como matemática, física, química, cálculos e biologia, por exemplo, e não somente com o titular de uma área.

Rui, que é engenheiro eletrotécnico do Departamento de Produção e Sistemas da universidade portuguesa, comentará também sobre o PBL no COBENGE-2015 (Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia) que é o mais importante congresso do segmento no Brasil, realizado pelo Instituto Mauá de Tecnologia, associado do Semesp. Esse ano o evento acontece na UFABC (Universidade Federal do ABC), em São Bernardo do Campo, e seu tema central  “Aprendizagem Ativa: Engenheiros colaborativos para um mundo competitivo” busca atender à demanda por um engenheiro mais bem preparado para lidar com as necessidades do mundo atual. A Aprendizagem Ativa, o Ensino Baseado em Problemas e o Ensino Baseado em Projetos extrapolam a atividade intelectual, estando vinculados às estratégias práticas desenvolvidas pelo mercado.

 

Mais informações em: http://www.abenge.org.br/cobenge-2015/