Nova diretoria toma posse em evento que celebrou 45 anos do Semesp

A nova Diretoria do Semesp tomou posse nesta segunda (25) em um coquetel que também marcou a celebração dos 45 anos da entidade, em um rooftop em São Paulo. A gestão 2024-2027 será presidida, pelo segundo mandato consecutivo, pela professora e doutora Lúcia Maria Teixeira (Unisanta), que iniciou seu discurso de posse agradecendo aos mantenedores pela confiança na composição da nova Diretoria.

“Essa composição foi resultado de um consenso que uniu as diferentes instituições acadêmicas, empenhadas em consolidar a liderança e as atuais conquistas do Semesp. A aprovação de vocês permitirá que a entidade projete o seu futuro com o mesmo engajamento, dinamismo e posicionamento firme que caracterizam sua vigorosa e diversificada atuação institucional”, declarou ela.

Em seguida, Lúcia Teixeira destacou que foi a trajetória de evolução e de crescimento da educação superior brasileira, no início da década de 1960, que resultou na criação do Semesp, em 1979, em face da proliferação das faculdades privadas no período. “Esse processo foi reflexo do desenvolvimento econômico e das transformações urbanas e sociais do país, que demandavam uma vigorosa ampliação do número de profissionais com formação universitária. De tal modo que, no final da década de 1980 e início da década de 1990, o setor privado passou a superar as instituições governamentais na oferta de matrículas e na formação acadêmica dos brasileiros”, lembrou ela.

Entre várias ações e marcos da história de 45 anos do Semesp, Lúcia Teixeira reafirmou o compromisso da entidade com o futuro do Brasil, através da expansão da oferta de oportunidades educacionais para os brasileiros. “Nosso país vem deixando passar sucessivas possibilidades de aperfeiçoar seu sistema de ensino superior, o que apenas confirma a necessidade da adoção de políticas públicas mais eficazes, consideradas como política de Estado e não de governo”, decretou.

“A permanente interlocução do Semesp com os gestores públicos e com os representantes dos diversos segmentos da sociedade tem nos permitido apresentar propostas relevantes”, prosseguiu ela. “Gostaria de finalizar reafirmando que, na nova gestão que hoje se inicia, o Semesp não pretende se afastar de seu compromisso histórico com a expansão da educação superior com qualidade. Continuaremos a envidar nossos melhores esforços para contribuir com as instituições de ensino superior de todo país em sua missão de formar talentos, gerar conhecimento e emprego e fomentar uma sociedade pautada no progresso econômico, na justiça social e nos valores democráticos”.

Homenagens e autoridades

Os ex-presidentes da entidade, Ernani Bicudo de Paula e Paulo Antonio Gomes Cardim, foram homenageados com placas durante a cerimônia em honra “ao pioneirismo e à dedicação exemplar que marcaram o seu mandato como presidente do Semesp”. As placas foram entregues, respectivamente, pelo diretor Jurídico do Semesp, José Roberto Covac, pela primeira diretora-financeira da entidade, Cecília B. Pires Tavares de Anderlini.

Entre as autoridades presentes na posse estavam o presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Liza Curi; Paulo Fossatti, da Câmara da Educação Superior do CNE; a presidente da Câmara da Educação Básica, Amábile Aparecida Pacios; e o assessor do Gabinete da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC/MEC, Rubens de Oliveira Martins; além de vários representantes de entidades do setor: Celso Niskier, presidente da ABMES; Elizabeth Guedes, ANUP; Dyogo Patriota, representando o presidente do CRUB, Pedro Rubens Ferreira Oliveira; Rui Otávio Bernardes de Andrade, presidente do Semerj; Sérgio Herrero Moraes, presidente do SINEPE PR; e Custódio Pereira, presidente do FONIF.

Palestra

Antes da posse da gestão 2024-2027 da nova diretoria, os presentes puderam acompanhar a palestra “Cenário econômico e o impacto no setor de educação”, com a economista e sócia-diretora da Gibraltar Consulting, Zeina Latif, que comentou uma série de dados e gráficos para explicar o cenário econômico volátil do Brasil. Em sua fala, a economista explicou que o baixo nível de educação do país resulta em empregos de baixa renda, impactando em todos os setores da economia. Ela destacou também que o país enfrenta um sério problema de qualidade na educação básica, apontando que as instituições de ensino superior deveriam ter a melhoria da qualidade do ensino básico como principal bandeira, já que essa baixa qualidade implica em uma perda de mercado consumidor para as IES.