Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, apresentou os principais destaques da 13ª edição Mapa do Ensino Superior no Brasil

O Semesp realizou nesta terça, 20 de junho, um evento de imersão estratégica que contou com diversas atividades, do lançamento da nova edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil à apresentação dos resultados da terceira pesquisa da série O que os alunos realmente pensam sobre o ensino superior?. Ambas as publicações destacaram questões referentes aos cursos da área de TI, com o Mapa trazendo dados e estatísticas sobre a área e a série apresentando os resultados da pesquisa Por que o ensino superior não é a principal fonte de formação de profissionais de TI?.

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, abriu o evento reforçando a pluralidade de tantas IES comprometidas e capacitadas para entregar o melhor aos seus alunos. “O Semesp representa a diversidade e grandeza do ensino superior brasileiro.  E o ensino superior particular é o mais representativo do país, com a maioria desses alunos vindo das classes C, D e E. Daí o comprometimento de nossas IES em promover o desenvolvimento socioeconômico desses estudantes”, destacou ela.

Após a fala da professora Lúcia Teixeira, o diretor-executivo da entidade, Rodrigo Capelato, apresentou os principais destaques da 13ª edição Mapa do Ensino Superior no Brasil, uma compilação de dados do Censo do Ensino Superior, do Inep, referentes a 2021. Capelato explicou que nesta edição o capítulo especial da publicação é dedicado à área de tecnologia.

“É uma área que oferece muitas oportunidades, a que mais emprega no Brasil e no mundo e com potencial de crescimento”, afirmou Capelato. “Mas o ensino superior ainda não está surfando nessa onda, com um baixo crescimento nas matrículas dos cursos de TI, apesar da forte demanda do mercado de trabalho”, acrescentou.

De acordo com os dados da 13ª edição Mapa do Ensino Superior no Brasil, mesmo com esse potencial de crescimento, nos últimos 10 anos, houve queda tanto no número de IES que ofertam cursos de TI quanto no próprio número de matrículas, com queda mais acentuada na modalidade presencial. “Em relação à modalidade EAD, houve um crescimento mais acentuado do que a média, até porque os estudantes de TI são mais propensos às aulas remotas”, disse Capelato.

Outros destaques da 13ª edição Mapa do Ensino Superior no Brasil:
– 7,7% das matrículas do ensino superior do Distrito Federal são de cursos da área de TI, a maior percentagem do país. 86,8% das matrículas nos cursos de TI do DF estão na rede privada, também o maior percentual do país;
– Em média, mais de 60% dos estudantes dos cursos da área de TI evadem antes da conclusão do curso, algo que pode estar relacionado à maior empregabilidade do setor. Segundo Capelato, um dos desafios das IES é tornar esses cursos mais aderentes ao mercado de trabalho, com a inclusão de microcertificações no currículos desses cursos, por exemplo;
– Outra questão apontada por Rodrigo Capelato é a falta de diversidade nos cursos da área de TI, com apenas 16,5% de representação feminina nas matrículas, contra 60,7% nos demais cursos. A mesma coisa acontece com a questão da cor e raça, com alunos predominantemente da cor branca. “Infelizmente, não estamos fazendo a inclusão que deveríamos”, alertou.

Acesse o Mapa do Ensino Superior no Brasil na íntegra

Fernanda Verdolin trouxe os resultados das pesquisa “

Série O que os alunos realmente pensam sobre o ensino superior?

A CEO e Founder da Edtech Workalove, Fernanda Verdolin, apresentou os resultados da terceira pesquisa da série O que os alunos realmente pensam sobre o ensino superior?. Realizada em parceria com o Instituto Semesp, a pesquisa

Entre alguns destaques apresentados estão:
– Os estudantes destacam o alto índice de empregabilidade e afinidade na área como principais vantagens da carreira em TI, independente de estarem trabalhando na área ou não;
– Grande parte dos estudantes não percebem desvantagens e cerca de 20% apontam alto nível de estresse, seguido de necessidade de atualização constante como as grandes desvantagens;
– Os estudantes que trabalham na área percebem mais desvantagens do que aqueles que ainda não atuam na área de TI;
– Disciplina, pensamento analítico e conhecimento de linguagem de programação são as habilidades e competências mais importantes para os estudantes. Os concluintes destacam lógica de programação e disciplina com mais intensidade;
– Falta de disponibilidade de tempo e problemas financeiros são as principais causas de desistência dos alunos dos cursos da área de TI;
– Entre os principais problemas enfrentados pelos estudantes dos cursos de TI estão a complexidade dos
conceitos e os conteúdos técnicos;
– A maioria dos estudantes (mais de 60%) entendem que fazer uma graduação é indispensável na área de TI;
– No entanto, mais de 50% dos estudantes concordam que para trabalhar na área de TI não é necessário um diploma de ensino superior. E ainda, cerca de 50% dos estudantes concordam que um profissional com diploma de ensino superior na área de TI pode ser facilmente substituído por um profissional sem diploma;
– Os estudantes (cerca de 40%) também destacam que obter algumas certificações ao invés de um diploma de ensino superior em TI pode ser mais proveitoso para o mercado de trabalho.

A pesquisa também ouviu gestores e recrutadores da área de TI. De acordo com o levantamento, há discrepância entre a visão dos estudantes e dos gestores. Os gestores acreditam, por exemplo, que o diploma de graduação é dispensável para contratar profissionais de TI. Eles apontam também que os estudantes do ensino superior da área de TI não adentem as demandas de mercado, com as IES não preparando os alunos para o mercado de modo adequado, sem formação técnica e competências comportamentais.

Confira pesquisa “

Marcos Kutova, Fernanda Verdolin e Rodrigo Capelato em debate sobre os cursos da área de TI

Um modelo disruptivo para os cursos de TI

Em seguida, Marcos Kutova, secretário de Planejamento da PUC Minas, ministrou a palestra

Cultura digital

A imersão estratégica finalizou com um debate sobre Dornelles Vissotto Junior, professor Associado UFPR e VP do Instituto DNA de Inovação;  Fernando Misato, presidente da SUCESU; e Denis Rodrigo de Lima, coordenador de TI do Centro Universitário São Camilo.