A educação foi um dos temas em destaque na manhã do dia 24 durante o 7º Congresso de Iniciação Científica – CONIC-SEMESP. As alunas Dolores Cecília Gomes Karnauchovas, das Faculdades Integradas de Jacareí, Luciana Perucio Silva de Oliveira, das Faculdades Integradas de Itararé, e Michelle Poletto, da Faculdade de São Bernardo do Campo, defenderam respectivamente a educação ambiental, a comunicação alternativa na educação para crianças com paralisia cerebral e o bullying no ambiente escolar.

Dolores Karnauchovas falou da importância de se desenvolver projetos em educação ambiental nas escolas para conscientizar os alunos da urgência em preservar o planeta. Para tanto, ela propõe uma um trabalho interdisciplinar para que as práticas não sejam isoladas. Além disso, segundo ela, é preciso uma formação de docentes capacitados para desenvolvimento de projetos que contribuam de alguma forma para a melhoria da qualidade de vida dos educandos e da comunidade. Durante a pesquisa de campo, muitos professores informaram não ensinar sobre o meio ambiente por não terem recebido formação nesse sentido.

Já a aluna Luciana Perucio questionou a forma como é feita a inclusão de crianças com paralisia cerebral nas escolas. Segundo ela, o que se vê é um “faz de conta”, que na realidade não se costuma fazer uma inclusão efetiva devido às dificuldades de comunicação com essa criança. “Crianças com paralisia cerebral requerem uma comunicação alternativa, já que têm dificuldades com a linguagem falada e escrita, as formas principais de que dispomos para a nossa comunicação. Mas é importante ressaltar que ela é capaz de compreender tudo o que se passa à sua volta”, afirmou. Para ela, incluir esta criança especial depende de conhecer os meios que facilitam a comunicação, decisiva no processo ensino-aprendizagem. Como proposta de comunicação alternativa, ela apresentou o Picture Communication Symbols, um sistema de pranchas com figuras que expressam uma grande variedade de palavras em situações de atividades da vida diária.

Michelle Poletto abordou a as formas de agressão dentro do ambiente escolar. O objetivo do trabalho é divulgar o termo bullying, ainda pouco conhecido no Brasil, no sentido de combater e prevenir esta prática nas escolas, segundo ela o ambiente mais própicio em que pode ocorrer – 60% dos casos ocorre na sala de aula. O bullying consiste em atitudes agressivas intencionais e repetidas que causam angústia à vítima, formando uma relação desigual de poder e que podem trazer conseqüências para o resto da vida da vítima, prejudicando seu aprendizado e sua formação social e psicológica. Colocar apelidos, roubar ou quebrar objetos, bater, xingar, difamar, isolar o colega são as principais formas de bullying. A estudante citou também o chamado cyber bullyinb, que se utiliza da tecnologia, como a Internet, para discriminar e agredir. Segundo ela, é preciso combater essa prática “para que haja a formação de adultos social e emocionalmente saudáveis”, disse.