Conic-Semesp ganha mais uma edição virtual

A vigésima primeira edição do maior congresso de iniciação científica do Brasil, o CONIC-SEMESP, teve início na manhã desta terça, 7, com uma abertura virtual no Youtube. Mais uma vez realizado de forma 100% online e síncrona, em razão da pandemia da Covid-19, o congresso tem como objetivo identificar talentos e estimular a produção de conteúdo científico, além de viabilizar na prática os projetos apresentados pelos alunos, por meio do exercício da criatividade e de conhecimentos adquiridos.

Em 2021, serão apresentados pouco mais de 1.200 trabalhos ao longo dos quatro dias do evento, que conta com a parceria de quatro instituições de ensino: UniCuritiba, UNIFATEA, UniAraxá e Unifor, cada uma responsável por uma área de conhecimento: Ciências Biológicas e Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas e Sociais e Ciências Sociais Aplicadas.

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Durante a abertura do evento, representantes das IES parceiras destacaram a importância da iniciação científica e da realização de eventos como o CONIC-SEMESP. Quem acompanhou a cerimônia virtual pelo YouTube ouviu ainda falas da presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, e da diretora Cecília B. Pires Tavares de Anderlini, grandes entusiastas do congresso. “É preciso destacar a vontade e o esforço dos estudantes e dos professores orientadores em escolher temas relevantes e buscar soluções para a construção de um mundo melhor por meio da ciência e da pesquisa”, decretou Cecília Anderlini.

O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresentou  um estudo socioeconômico com o perfil dos alunos participantes do congresso com base em uma amostra de 2.439 inscritos no 21º CONIC-SEMESP, estudantes de 167 instituições de ensino superior privadas e públicas. “A finalidade é apresentar os indicadores socioeconômicos atualizados dos alunos de iniciação científica, como trabalho, renda, valor da mensalidade, financiamentos, bolsas, tempo de dedicação ao projeto de iniciação científica, procedência do aluno, entre outros”, afirmou Capelato destacando a robustez da pesquisa para revelar quem são os estudantes da iniciação científica.

“Os dados mostram, por exemplo, que a iniciação científica precisa ser mais inclusiva, seja por meio de cotas ou mais bolsas, e que mais de 80% dos estudantes pretendem continuar estudando, talvez seguindo uma carreira acadêmica, após a conclusão da graduação”, citou. “Os números apontam a importância da iniciação científica para o futuro da ciência e pesquisa do país”.

A abertura do 21º CONIC-SEMESP contou ainda com a participação de Felipe Bellucci, coordenador Geral de Tecnologias Habilitadoras do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que afirmou que a ciência e pesquisa são muito fortes no Brasil e que a iniciação científica é um grande diferencial na carreira dos pesquisadores. Segundo ele, que apontou uma série de dicas para os novos pesquisadores, as diretrizes atuais do Ministério são o empreendedorismo e inovação.

“O principal ativos da ciência são os pesquisadores, então nada substitui uma boa formação”, disse Bellucci. “Por isso, as IES precisam incentivar entre seus estudantes novas capacidades técnicas, as chamadas soft skills, e uma cultura empreendedora para o fortalecimento do crescimento nacional. As pesquisas existem para solucionar os problemas de nosso país e do mundo”, afirmou. “O Brasil precisa de mais mestres e doutores em todas as áreas para fortalecer a estrutura produtiva de nosso país, e tudo isso começa na iniciação científica”, defendeu.

As apresentações do 21º CONIC-SEMESP prosseguem até a próxima sexta-feira, 10. O evento é gratuito e aberto a todos. Para acompanhar as apresentações, basta fazer o cadastro como ouvinte no sistema do evento aqui.