A vice-presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, será uma das cinco mulheres brasileiras agraciadas com a medalha Mietta Santiago

Em uma votação que contou com a participação das 77 mulheres que compõem a bancada feminina da Câmara dos Deputados, em Brasília, a escritora, educadora e psicóloga Lúcia Maria Teixeira, presidente do Complexo Educacional Santa Cecília e Vice-Presidente do Semesp, será uma das cinco mulheres brasileiras agraciadas com a medalha Mietta Santiago*.

O prêmio, criado em 2017 pela Câmara dos Deputados, homenageia iniciativas relacionadas aos direitos das mulheres e é entregue anualmente em março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Outras homenageadas serão a ministra Rosa Weber e a senadora Mara Gabrilli.

Autora de 11 livros em diferentes áreas do conhecimento e inúmeros trabalhos culturais e sociais, Lúcia Teixeira foi lembrada pela sua luta em defesa da participação feminina em todos os setores da sociedade. A educadora é presidente do Centro de Estudos PAGU Unisanta, que divulga as ideias e o pioneirismo da jornalista brasileira Patrícia Galvão, que lutou pelos direitos das mulheres e dos brasileiros durante sua vida (1910-1962).

“Sinto-me honrada em receber esse relevante prêmio, por tudo o que ele significa, ao lembrar a luta de mulheres precursoras como Mietta e a mudança histórica de toda a sociedade brasileira”, agradece Lúcia Teixeira. “Agradeço imensamente a proposição da atuante deputada Rosana Valle e a participação das 77 deputadas da bancada feminina. Com o meu nome, está representada a minha família, que trabalha comigo, unida, e todas as mulheres e pessoas que trabalham para garantir o direito e o acesso à Educação de qualidade e inclusiva, com desenvolvimento humano e justiça global”, afirma.

A deputada federal Rosana Valle (PSB/SP) explicou a indicação do nome de Lúcia Teixeira. “Sempre admirei o trabalho de Lúcia Teixeira e sua postura. Receber a medalha Mietta Santiago será um reconhecimento merecido para essa santista que inspira muitas mulheres”, disse.

*Mietta Santiago é o pseudônimo de Maria Ernestina Carneiro Santiago Manso Pereira. Nascida em Varginha (MG), ela questionou, por meio de um mandado de segurança em 1928, a proibição do voto feminino no Brasil, afirmando que isso violava a Constituição então vigente, que não vetava esse voto. Conseguiu assim o direito de votar e o de concorrer ao cargo de deputada federal.