Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes do Semesp, abriu o 4o Encontro Anual de Redes de Cooperação

Nesta segunda-feira, 14 de dezembro, o Semesp realizou o 4o Encontro Anual de Redes de Cooperação, evento que apresenta e discute desafios e propostas de melhoria na atuação das redes. Diante de um ano difícil e cheio de desafios por causa da pandemia da Covid-19, as redes de cooperação entre as IES provaram sua importância em um momento que deixou ainda mais evidente a relevância das ações colaborativas.

Os números do projeto de Redes de Cooperação do Semesp comprovam essa importância. Foram mais de 150 reuniões em 2020 entre as 13 redes e 75 IES que compõem o projeto contra 52 realizados em 2019. “Mais do que ampliar as redes de cooperação, em 2020, nós consolidamos o nosso trabalho de sinergia”, explicou o diretor de Inovação e Redes do Semesp, Fábio Reis. “Intensificamos o compromisso das IES com o projeto e a vontade de criar sinergias para a redução de custos e o aprendizado institucional. Nossa força está no compromisso e na confiança que construímos entre as IES, principalmente porque a troca de informações entre as IES nem sempre é mensurada”, complementou ele na abertura do encontro.

A força do projeto de redes pode ser medida pela importância que ele está tomando, servindo de referência, inclusive, para o Conselho Nacional de Educação (CNE), que entrou na sua pauta permanente e ganhou uma comissão do órgão. “O projeto de Redes de Cooperação é um dos trabalhos mais importantes desenvolvidos dentro do Semesp”, afirmou o vice-presidente da entidade, Thiago Pêgas. “É uma iniciativa que olha para dentro de nossos associados e é fundamental para IES pequenas e médias com inovação na entrega dessa união organizada e formalizada que deve ser foco de mais ações do Semesp para os próximos anos”, avaliou.

A também vice-presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, complementou afirmando que as 13 redes de cooperação do Semesp são um símbolo de colaboração, esforço, engajamento e sucesso que tem quebrado paradigmas e a resistência entre as IES. “Em um ano atribulado como 2020, as redes demonstraram ser um pilar de sobrevivência para o ensino superior”, decretou.

Marcus Frank falou sobre Sinergias das Instituições Alternativas para redução de custo

Sinergia entre as IES

Durante o encontro, representantes das 13 redes de cooperação do Semesp apresentaram um breve relato contanto quais são os trabalhos atuais de cada uma. Antes desse pitch entre as redes, os participantes do encontro puderam ouvir a fala do Senior Expert at McKinsey&Co, Marcus Frank, sobre Sinergias das Instituições Alternativas para redução de custo, um dos principais focos do projeto. Marcus destacou que os serviços compartilhados em escala entre as IES participantes das redes têm uma série de benefícios significativos. “São custos menores que podem gerar economia de até 30%, processos mais rápidos que reduzem o desperdício, maior flexibilidade e consistência na capacidade de operação, melhoria na qualidade e a troca de inovações mais aprofundadas”, citou.

Segundo Marcus, são vários os serviços que podem gerar valor para as IES relacionados à compras, cobranças, plataformas de Ead para as IES, retenção, etc. “São dois modelos de parceria que podem ser considerados: a IES como cliente e a IES como parceira”, esclareceu. “A IES como cliente pode utilizar serviços específicos pagando tarifas e/ou percentual de ganhos com um compromisso mínimo de tempo/volume”, definiu. “Já no modelo da IES como parceira, a instituição se compromete com determinado volume de serviços e prazo de utilização”.

Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, encerrou o encontro anual das Redes de Cooperação

Perspectivas para 2021

O diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, fechou o encontro falando sobre algumas perspectivas do ensino superior para 2021 e oportunidades de cooperação entre as redes. “Depois de um ano difícil como 2020, 2021 ainda está incerto e este é um momento delicado para fazer análises com a pandemia recrudescendo”, pontuou ele. “O que as IES podem esperar é uma maior ociosidade de vagas, principalmente por causa da diminuição no número de ingressos”, adiantou Capelato. “Os estudantes ainda estão com uma série de dúvidas e devem esperar para ver o que acontece antes de ingressarem em um curso do ensino superior”.

De acordo com Capelato, é nesse momento que fica mais claro a relevância das redes de cooperação, que são uma importante fonte de troca de informações e experiências. “A saída para enfrentar a crise é sem dúvida via redes de cooperação, que traz ganhos de escala e redução de custos, além da troca de boas práticas”, citou. “Outro fator importante que precisa ser melhor explorado pelas redes é a questão da cooperação acadêmica. Acredito que essa deva ser uma meta importante para 2021”, finalizou.