Diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, defende parecer do CNE que propõe criação de uma legislação específica para as redes de cooperação

O Semesp promoveu nesta quarta, 15, reunião entre suas redes de cooperação e o Conselho Nacional de Educação (CNE), que está discutindo uma resolução sobre o tema. Participaram da reunião o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, o diretor de Inovação e Redes da entidade, Fábio Reis, o membro do CNE, Luiz Roberto Liza Curi, e vários integrantes das 13 redes de cooperação coordenadas pelo Semesp.

O objetivo da reunião foi apresentar e discutir com as redes do Semesp o parecer elaborado pela Comissão Bicameral do CNE que propõe uma legislação específica para estimular a criação e uma maior integração entre as redes de cooperação. O parecer já está pronto e aberto à consulta pública antes de ser votado em plenário, no próximo dia 20 de janeiro, para depois ser encaminhado ao Ministério da Educação, caso aprovado.

A consulta pública ao parecer do CNE fica aberta até 16 de janeiro no site do CNE

“O objetivo desse parecer que poderá virar uma resolução é estimular as redes a aprofundarem suas relações, compartilhando currículos acadêmicos, pesquisas e formação de professores”, citou Rodrigo Capelato no início da reunião. “Essa futura resolução será extremamente benéfica para as redes”, afirmou ele.

Confira minuta do parecer do CNE sobre redes de cooperação

Segundo Fábio Reis, a proposta da reunião foi apresentar o parecer para as redes do Semesp e em seguida abrir um debate sobre o documento que ainda está em construção e pode ser alterado antes de ser enviado para votação. “A participação de todas as redes nesse debate é importante para mostrar a representatividade de nosso projeto, bem como contribuir para que o documento efetivamente proporcione melhorias na governança e nos resultados das redes”, disse ele.

Luiz Roberto Liza Curi, relator da Comissão Bicameral do CNE sobre as redes de cooperação, discutiu os principais pontos do parecer que está aberto para consulta pública

“Esse parecer é fruto de uma reflexão conjunto entre o CNE e vários atores proeminentes da educação superior”, esclareceu Luiz Roberto Liza Curi, relator da Comissão Bicameral do CNE responsável pelo parecer sobre as redes de cooperação. Curi explicou que os primeiros artigos do parecer dizem respeito à caracterização e bases de funcionamento, operação e gestão das redes de cooperação, que têm como ponto central as próprias instituições de ensino. Outros aspectos abarcados pelo parecer são referentes aos aspectos regulatórios da organização de redes de cooperação e do processo de avaliação das mesmas.

“As redes existem a partir de IES que pretendem, em razão de algum objetivo, estabelecer colaborações que facilitem, por exemplo, questões administrativas e de gestão”, explicou ele. “Elas são um instrumento de cooperação, elaboração e aprofundamento do compromisso das IES com suas políticas institucionais”, avaliou Curi.

Após a apresentação de Luiz Roberto Liza Curi, os participantes das redes presentes na reunião opinaram sobre o documento do CNE.