6º Encontro Nacional de Redes de Cooperação

O Semesp realizou nesta quarta, 27 de setembro, o 6º Encontro Nacional de Redes de Cooperação, no auditório da Universia, no prédio da Santander, em São Paulo, para celebrar mais uma vez o êxito do projeto, que já conta com 22 redes que congregam 144 instituições de ensino superior.

Fábio Reis, diretor de Inovação e Redes de Cooperação do Semesp, abriu o evento contando um pouco da história do projeto, que nasceu em 2016 com a participação de apenas três IES. “Graças ao apoio do Semesp, nosso projeto cresceu rápido, se consolidando e se fortalecendo ao longo dos anos”, disse. “O que iremos fazer hoje é conhecer experiências que estão dando certo em nossas redes, com IES que participam, inclusive, de mais de uma rede”, prosseguiu confessando que, sim, existem problemas e ações que não deram certo. “Mas esses erros serviram como aprendizado e nós não desistimos”.

Em seguida, ainda na abertura do evento, a presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, destacou que as redes de cooperação contribuem para que as instituições de ensino superior não se vejam apenas como concorrentes, mas parceiras que podem cooperar e se beneficiar diante da diversidade de IES participantes do projeto. Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, complementou lembrando que o encontro de redes nasceu a partir do FNESP, como uma oportunidade para que todos os participantes fizessem networking e trocassem experiências.

Bate-papo sobre Cooperar para prosperar: o que dá certo e o que dá errado em uma rede de cooperação

Cooperar para prosperar

A primeira mesa do encontro, com o tema Cooperar para prosperar: o que dá certo e o que dá errado em uma rede de cooperação, contou com a participação de Diego Amaro, coordenador de Redes de Cooperação do Semesp; Bárbara Nissola, diretora Administrativa da Factum; e João Otávio Bastos, diretor do Semesp e da UNIFEOB. Diego Amaro destacou que para que uma rede de cooperação seja bem sucedida é preciso engajamento e envolvimento para gerar confiança.

Para Bárbara Nissola, o pontapé inicial é entrar na rede com a mente aberta e curiosidade. Ela destacou também que é fundamental não ter receio de demonstrar as vulnerabilidades das IES. “As redes são espaços para compartilhar problemas. É necessário também que a participação na rede seja uma prioridade para a IES. Sem um propósito definido e regras claras, asIES podem se dispersar, o que prejudica a criação de laços de confiança”, defendeu.

Já João Otávio Bastos apontou três pilares fundamentais para o sucesso de uma rede de cooperação: governança, formato jurídico e gestão de resultados. “É preciso que a rede tenha objetivos e expectativas definidas para que haja governança e um comprometimento e profissionalização das redes”, afirmou.

Bate-papo sobre A IES tem futuro quando é bem governada, valoriza a autoavaliação e faz gestão por indicadores

Governança e gestão

O segundo bate-papo trouxe representantes de quatro diferentes redes para discutir questões relacionadas a governança, avaliação, indicadores e gestão. Siomara Bastos, coordenadora da CPA e procuradora Institucional da FAESA, explicou o funcionamento da Rede de Autoavaliação Institucional, destacando a criação de um instrumento que abrange cinco áreas e 25 indicadores que têm como objetivo auxiliar as IES a tomar decisões mais assertivas.

Felipe Oliveira, reitor do Unis, representou a G7, a rede de cooperação do Semesp cujo principal diferencial é a estruturação de uma governança bem consolidada. “Somos 9 centro-universitários com características bastante similares. Temos reuniões semanais para discutir questões operacionais e reuniões bimestrais de um Conselho Administrativo que pensa o futuro da rede, o que não está dando certo, quais os próximos passos, etc.”, explicou.

Eduardo Geremias, pró-Reitor Administrativo da Unifeob, representou a rede pioneira. Ele destacou que a rede cresceu a partir de “um amor à primeira vista”, o que gerou uma confiança imediata entre os participantes para que as IES abrissem seus números sem medo e criassem indicadores que atravessam várias setores das instituições.

Já Vidal Martins, vice-Reitor da PUCPR, da Rede 9, destacou que a rede está desenvolvendo um projeto que pretende mapear o mercado da pós-graduação lato-senso. “Falta profundidade de informações para que as IES tomem decisões estratégicas sobre o tema, então queremos despertar o interesse das instituições, inclusive de outras redes, para participar dessa pesquisa para que tenhamos dados consistentes, confiáveis e com uma periodicidade regular”, apontou.

Bate-papo sobre A Inovação acadêmica com inteligência artificial, conexão internacional e publicação em Rede

IA e conexão internacional

A Inovação acadêmica com inteligência artificial, conexão internacional e publicação em rede foi o tema do terceiro bate-papo do 6º Encontro Nacional de Redes de Cooperação, com as participações de Fernanda Serva, pró-Reitora Acadêmica da Unimar; Dilnei Lorenzi, pró-Reitor Acadêmico da USF; Maurício Garcia, conselheiro Acadêmico do Inteli; Thiago Matsushita, diretor da Fadisp; e Cristiane Suarez, coordenadora do Núcleo de Relações Internacionais da USF.

Fernanda Serva contou sobre o projeto da Rede 14 Institucional, que espelhada nas Missões Técnicas Internacionais do Semesp, criou o projeto de Missão Técnica Nacional, que tem como objetivo compartilhar boas práticas de IES nacionais. Dilnei Lorenzi, da rede pioneira, falou sobre o projeto da Revista Ensaios Pioneiros, que, criada em 2017, tem servido como um repositório de boas práticas a partir do ponto de vista científico. “Temos muitas experiências de cooperação no âmbito financeiro, por exemplo, mas na área acadêmica existe uma dificuldade maior de troca de experiência, em parte por uma questão cultural”, lamentou. “A revista é uma oportunidade de romper isso”.

Cristiane Suarez relatou como tem sido a experiência em participar da rede desenvolvida a partir do Projeto Enlazar, da Realcup, rede internacional da América Latina e Caribe, que visa criar enlaces entre IES dos países participantes. Thiago Matsushita explicou sobre o projeto Liga Acadêmica de Prática Jurídica, que visa dar seguimento aos projetos de Núcleo de Prática Jurídica entre diferentes IES, tanto de forma remota quanto híbrida.

Já Maurício Garcia destacou o trabalho de um novo grupo que vem discutindo nos últimos meses a questão dos usos de Inteligência Artificial pela IES. “O grupo está dividido em quatro subgrupos que tratam de questões como ética e legislação; empoderamento dos professores; pesquisa, que tem mapeado publicações e artigos sobre o tema relacionado à educação; e impacto na gestão”, listou.

Bate-papo sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável,  ODS,  ESG e IES sustentáveis

ODS/ESG

O bate-papo sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável,  ODS,  ESG e IES sustentáveis contou com a participação de José Antônio Mendes, reitor da FHO; Juliano Griebeler, diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Cogna Educação; e Vivian Rodrigues, coordenadora de extensão da Unifaa. Ângelo Antônio Davis, reitor da Unifeb, iniciou as discussões explicando que a IES criou disciplinas de ODS a partir de metodologias ativas no primeiro ano de todos os cursos.

Juliano Griebeler, da Rede 12, composta de IES de capital aberto, disse que as instituições não são uma ilha, elas dependem do entorno em que estão localizadas, daí a necessidade cada vez maior de uma transparência de indicadores de gestão sobre o tema da ESG. “Não é apenas uma demanda do mercado e de fundos de investimento, mas do colaboradores e consumidores/clientes”, explicou.

José Antônio Mendes, da Rede de Sustentabilidade, falou sobre a necessidade de capacitação dos docentes; enquanto Vivian Rodrigues, da mesma rede, adiantou a realização de uma pesquisa que pretende mapear o que as IES estão fazendo em relação à questão da sustentabilidade. “Queremos entender a realidade atual do setor do ensino superior privado e, em breve, vamos começar a divulgar o questionário da pesquisa”, adiantou.

Área de Saúde

Bate-papo sobre Cursos da Área de Saúde e o desafio cuidar do bem-estar do estudante

O evento foi encerrado com uma discussão cursos da Área de Saúde e o desafio cuidar do bem-estar do estudante, com participação de representantes da rede temática de IES com cursos de Medicina e uma nova rede sobre saúde mental do estudantes. Raquel Barros, coordenadora do laboratório de colaboração emocionar Enlace da Facens; Evelyn Muraguchi, coordenadora do curso de medicina PUCPR PUCPR; Margareth Galvão, diretora da Faculdade Pequeno Príncipe, e Bruno Jardini Mader, coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Pequeno Príncipe, relataram sobre suas experiências nas redes.