Na terceira edição do ranking “Times Higher Education 100 under 50“, que lista as 100 melhores instituições universitárias criadas nos últimos 50 anos, o Brasil e a América do Sul foram representados unicamente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os três primeiros lugares foram os mesmos do ano passado: Pohang University of Science and Technology, da Coréia do Sul; École Polytechnique Fédérale de Lausanne, da Suíça; e Korea Advanced Institute of Science and Technology, também da Coréia do Sul, em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A Unicamp, fundada em 1966, caiu do 28º lugar, na classificação de 2013, para a 37ª posição, neste ano. Para Phil Baty, editor do ranking, “isso mostra o quão competitivo o campo de ensino superior global pode ser”, com instituições emergentes conquistando lugar entre a elite mundial em questão de décadas. Do grupo econômico BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), aparecem apenas o Brasil e a Índia, com uma representante cada.

A mais nova instituição listada é a Medical University of Vienna, da Áustria, fundada em janeiro de 2004. Ela surgiu de uma divisão da tradicional University of Vienna, que completará 650 anos no ano que vem. Em 2002, todas as instituições universitárias da Áustria passaram a ser autônomas, o que impulsionou a reestruturação acadêmica que fez da então faculdade de medicina uma instituição separada.

Os Estados Unidos, que, no ranking tradicional publicado pela revista (THE World Reputation Rankings), tem presença dominante, com 46 instituições listadas na edição de 2014, figura apenas com oito instituições neste ranking. Baty recomenda que as instituições antigas vejam esses resultados como um aviso: as novas intituições podem não ter tanta riqueza e reputação acumuladas, mas também, por serem jovens, têm mais liberdade para agir com flexibilidade e tomar riscos, se adequando mais rápida e facilmente às mudanças de demanda na educação superior. “A corrida para a dominância no futuro do ensino superior está aberta”, afirma o editor do ranking.

Veja também a matéria da edição de março da Revista Ensino Superior sobre o desempenho de instituições brasileiras nos ranking internacionais: http://bit.ly/1hTwrtL.