A sobrevivência das instituições de ensino superior, nos próximos anos, está diretamente ligada à sua capacidade de desenvolver um processo eficiente de profissionalização e de gestão e de organizar um grupo de pessoas com discernimento para perceber as novas realidades do mercado.
O diagnóstico, feito pelo prof. Gabriel Mário Rodrigues, presidente do SEMESP, num seminário sobre planejamento da gestão das IES em tempos de mudança realizado em São Paulo, soou como um alerta aos participantes do evento, tendo em vista a incerteza diante dos rumos que o próximo governo dará à questão educacional.
Gabriel falou a uma platéia formada por mantenedores, diretores e coordenadores educacionais de instituições do ensino superior sobre os desafios representados pelo novo aluno, pela nova escola e pelo novo professor, detendo-se na análise dos cenários mundial e nacional que provocaram um profundo processo de transformação no setor de educação superior nos últimos anos. “O crescente nível de competição indica que as instituições que não tiverem diferencial competitivo encontrarão sérios problemas de sobrevivência”, disse.
Nova escola – O setor educação, segundo o palestrante, “vai acompanhar o que aconteceu nas outras áreas da economia, onde a empresa de porte médio perdeu espaço para as grandes organizações. Os grandes grupos educacionais trazem um maior nível de profissionalização e com isso intensificam a competição. Para a instituição de ensino enfrentar com sucesso o novo cenário apresentado pelo mercado, precisará conciliar qualidade, preço e ter capacidade de inovar em termos de gestão”.
O desafio que se apresenta para a nova escola foi analisado sob quatro aspectos: o de formar profissionais de sucesso, sabendo-se que o emprego formal de carteira assinada está com os dias contados; o de como preparar profissionais que certamente passarão por atividades bem distintas da sua formação; o de como preparar profissionais para o mundo; e como preparar profissionais que venham a se realizar pessoal, social e profissionalmente.
Para o prof. Gabriel, a nova escola deverá sofrer uma interferência acentuada da tecnologia na busca da qualidade. O aprimoramento da informática aplicada ao ensino, possibilitando estruturar melhor tanto informações como imagens e seu respectivo arquivamento, permitirá ordenar o conhecimento com maior rapidez.
Novo aluno – Tal situação vem ao encontro dos interesses do novo aluno que, hoje, com o acesso à informática, já não tem mais tempo nem paciência para suportar um sistema pedagógico tradicional que apresenta uma limitada capacidade gerencial e dificulta uma integração maior dos professores com a instituição.
Aliados a esse quadro estão o baixo interesse do aluno, ainda limitado à aquisição de um diploma, a falta de financiamento, o baixo poder aquisitivo e a questão da qualidade.
“O SEMESP está fazendo um trabalho voltado ao atendimento de todas as exigências envolvendo o fator qualidade para saber quanto custa essa adequação às necessidades do mercado”, afirmou o professor.
Isso é necessário, segundo explicou, porque o cenário competitivo está mudando drasticamente e exige novas oportunidades de aprendizagem em que se mesclam novos idiomas, novas culturas e nova pedagogia. “É preciso oferecer aos alunos produtos e serviços cada vez melhores, por preços cada vez menores a fim de prepara-los para carreiras numa sociedade global”, disse.
Novo professor – Outro desafio emergencial analisado pelo presidente do SEMESP foi o da formação dos docentes. Gabriel falou do conservadorismo não só dos docentes e coordenadores de cursos como do de diretores e reitores. Lembrou a falta de gestores capacitados e sintonizados com os novos tempos; as faltas de profissionalização da gestão e de planejamento a longo prazo; e a ausência de percepção às mudanças.
O palestrante relacionou, também, as dificuldades para a formação dos docentes, indagando sobre se a titulação acadêmica é imprescindível; sobre o reconhecimento de uma titulação profissional/docente; e sobre a capacitação para novos segmentos curriculares.
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