Terceiro ciclo do 2º Webinar Competências Digitais dos Docentes debate legado da pandemia no ensino superior

O Semesp e a MetaRed Brasil realizaram, nesta terça (28), o terceiro ciclo do 2º Webinar Competências Digitais dos Docentes, com objetivo de discutir o legado que a pandemia deixou para as instituições de ensino superior e divulgar a 2ª Pesquisa de Avaliação de Competências Digitais dos Docentes do Ensino Superior Brasileiro, que segue aberta até o próximo dia 1º de julho.

Durante o encontro, a Pró-Reitora de Pós-Graduação na Universidade de Marília (UNIMAR), Fernanda Mesquita Serva; e a Pró-Reitora de Graduação na Universidade Federal de Rondônia, Verônica Cordovil, contaram um pouco como foi a experiência de transição das aulas presenciais para remotas ao longo da pandemia de Covid-19 e quais as lições aprendidas pelas IES nesse período. As duas participaram ainda de um debate conduzido por Ione Rodrigues Diniz Morais, secretária Adjunta de Educação a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

IES relatam legado da pandemia em evento sobre competências digitais

Legado da pandemia

“Essa troca de experiências entre as IES é muito importante para entendermos o momento crítico da pandemia pelo qual passamos”, disse Fernanda Serva. “Não só o registro do que vivenciamos, mas contar e aprender com essa história”, acrescentou contando que a Unimar precisou virar a chave da instituição no início da pandemia, criando uma comissão sanitária para estabelecer protocolos para as atividades essenciais e uma comissão pedagógica para fazer a transição das aulas presenciais para as remotas. “Pensamos a tecnologia como aliada, mas, mais importante do que a tecnologia, está a pedagogia”, decretou.

Segundo Fernanda, entre os legados da pandemia para o ensino superior estão questões que ainda precisam ser respondidas, como a autoavaliação como ferramenta de gestão, novas formas de ensino e aprendizagem, uma maior participação das IES em redes de cooperação e uma educação mais aberta, com os estudantes tendo livre acesso a oportunidades de aprendizagem.

Para Verônica Cordovil, o principal desafio enfrentado pela UFRN foi como pensar o conceito de ensino remoto levando em consideração dificuldades e limitações do alunos, como acesso à internet e a equipamentos, além dos locais de participação das aulas remotas. “O ensino remoto emergencial nos coloca em um lugar onde o ensino e a aprendizagem podem acontecer além dos muros das IES, com outros espaços dando continuidade às salas de aula”, lembrou.

“Esse período de transição da pandemia foi muito difícil porque tivemos que alterar planos pedagógicos, métodos de ensino e de avaliação dos alunos, mudanças de ferramentas, metodologias e estratégias”, avaliou. “Agora estamos lidando com um outro desafio que é uma nova adaptação ao retorno da presencialidade”, lembrou citando algumas sugestões de como tirar proveito da experiência das aulas remotas, como uma maior capacitação do corpo docente, disponibilização de aulas gravadas para dar ao aluno mais flexibilidade no acesso aos conteúdos e o oferecimento de apoio psicológico para docentes e discentes.