Integrantes da rede G7 discutem política de governança em reunião no Semesp

Depois de um ano e meio de reuniões virtuais semanais em virtude da pandemia da Covid-19, a rede G7 teve a primeira reunião presencial nesta sexta-feira, 17. O encontro aconteceu na sede do Semesp, em São Paulo, e teve como objetivo a assinatura de um acordo de governança entre as nove IES integrantes da rede.

O G7 é a primeira entre as redes de cooperação do Semesp a elaborar uma estrutura de governança para melhor acompanhar a gestão dos projetos em comum entre suas IES membros.  “A rede G7 é uma referência, uma rede modelo que entende que as IES precisam dialogar e trocar informações de forma aberta e sem temor para que todas aprendam e cresçam juntas”, avalia Fábio Reis, diretor de Redes de Cooperação do Semesp.

“É positivo ver na prática um modelo de governança que já acreditávamos na teoria”, afirma Reis apontando que a criação de uma estrutura de gestão de projetos coloca a rede na dianteira. “A rede G7 criou grupos de trabalho e agora tem uma gestão dos projetos com acompanhamento de resultados e um real investimento dos responsáveis e das instituições”.

Para Fábio Reis, um dos diferenciais da rede é a participação dos próprios reitores das IES na iniciativa. “Na Austrália, Inglaterra, Estados Unidos e outros lugares onde as redes de cooperação são bem-sucedidas, a participação dos reitores é fator determinante para o sucesso das mesmas, já que esse apoio e crença facilitam para que as redes entrem na agenda institucional”, defende.

Integrantes da rede G7 discutem política de governança em reunião no Semesp

Gestão e governança

Durante a pandemia, Arapuan Motta Netto, reitor da UNISUAM, localizada no Rio de Janeiro, foi eleito coordenador da rede G7. “Meu papel como coordenador é basicamente manter os integrantes da rede ativos. Eu mobilizo o pessoal para que as reuniões semanais sejam encontros produtivos e com compartilhamento de problemas e desafios reais, fazendo assim com que possamos crescer em conjunto. De modo geral, meu papel é de provocador”, explica.

A partir dessa dinâmica de provocação e da adoção de uma metodologia de compartilhamento e colaboração durante as reuniões, a rede entendeu que era o momento para desenvolver uma política de governança. “Nós começamos a discutir essa política de governança há uns dois meses quando criamos um comitê para fazer um desenho dessa estrutura, apresentamos para toda a rede e estamos discutindo ponto a ponto para que todos assinem esse acordo”, detalha Arapuan.

De acordo com ele, uma vez definida e aprovada a política de governança por todos, fica evidente que a rede G7 deu mais um passo importante para a maturidade do grupo. “Com isso, queremos gerar comprometimento não apenas do reitor, mas de toda a IES. Uma política de governança clara dará uma nova dimensão para nossa rede”, acredita.

Ele aponta a confiança entre os membros da rede como fator fundamental para que o G7 se tornasse a primeira rede do Semesp a ter uma política de governança. “Para uma rede funcionar e crescer, ela precisa que os integrantes tenham muita confiança entre si. Sem essa confiança, as IES não vão abrir dados sensíveis que precisam ser compartilhados”, cita. “Essa política de governança está sendo definida para que a rede tenha longevidade”.

Uma das ações do G7 para que a política de governança acontecesse foi a contratação de um profissional para fazer a gestão dos projetos da rede. O G7 é também a primeira rede do Semesp a ter uma profissional dedicada à gestão. “Minha função é coordenar todas as ações do interesse da rede e ser uma facilitadora”, explica Thalita Garcia, líder de projetos do G7. “Quando fui contratada, conversei como cada uma das IES e fiz um mapeamento dos projetos para entender os interesses em comum entre as instituições”.

Saiba mais sobre governança corporativa

Experiência de estar em uma rede

O Centro Universitário UNDB, localizado em São Luís, Maranhão, é uma das IES participantes do G7. A IES entrou na rede em 2017 e, segundo Rebeca Murad, sua diretora geral de Gestão, a experiência tem sido muito positiva. “Quando entramos no projeto das redes, imaginávamos que a principal atividade seria benchmarking, saber como outras IES atuam para refletir como poderíamos melhorar”, lembra.

A experiência, na realidade, foi bem mais ampla. “Descobrimos que poderíamos fazer projetos juntos e elaborar parcerias que têm sido bastante expressivas”, avalia. “No início da pandemia, por exemplo, quando as cidades e os estados estavam em estágios diferentes, foi possível antecipar movimentos e compartilhar estratégias que se tornaram contribuições inestimáveis”.

Em relação à governança, Rebeca conta que o Centro Universitário UNDB já tem governança corporativa desde 2013. “Sabemos que esse é um passo importante e que possibilitará relações mais complexas entre as IES. Quando o G7 se compromete a ter um projeto de governança é porque realmente estamos passando para um outro nível de maturidade e possibilidades entre as IES”.