Diretora acadêmica da Anhanguera Educacional diz que é preciso promover mudanças estruturais e acadêmicas articuladas com a saúde financeira das IES

Criar oportunidades nos momentos de crise é fundamental para inovar de forma ousada e criativa. A recomendação é da educadora Ana Maria Sousa, diretora acadêmica da Anhanguera Educacional, durante sua conferência no 11º FNESP, nesta quinta-feira (24), em São Paulo. Segundo Ana Maria, é preciso que os gestores tenham competência técnica e política para promover as mudanças, e desenvolvam a capacidade de argumentação com o MEC, essencial para conquistar o reconhecimento de cursos com planos curriculares menos ortodoxos, e que ofereçam ao aluno a oportunidade de uma formação intelectual mais autônoma e crítica. Para a especialista, o grande desafio das IES hoje é elaborar projetos pedagógicos criativos, porém, sintonizados com a manutenção do fluxo de caixa da instituição.

De acordo com Ana Maria, é necessário formar jovens empreendedores, criativos e com espírito crítico, que estejam capacitados para o mercado de trabalho. “Mas como fazê-lo sem afetar a saúde financeira da instituição?”, questiona a educadora. Uma das alternativas apontadas por ela é adotar modelos de atividades que não estejam restritas à sala de aula. “Pesquisas sem a presença do professor e entrevistas com profissionais das áreas estudadas, por exemplo, atraem o estudante e contribuem para uma formação mais independente e capaz de articular a teoria à prática”, observa. Segundo ela, é fundamental que as IES possam superar velhas crenças, paradigmas e comportamentos cristalizados, possibilitando a chamada “inovação desruptiva”, que promove grandes e profundas mudanças estruturais.

Além de Ana Maria Sousa, outros importantes nomes conduzirão os debates no 11º FNESP, evento promovido pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), cujo tema central é o “Ensino Superior Privado na Economia Nacional”. O presidente da Loducca Publicidade, Celso Loducca, detalhará como trabalhar a imagem do ensino superior para maximizar seus pontos positivos e melhorar os pontos negativos. Eduardo Wurzmann, presidente do Grupo Ibmec Educacional, apresentará uma palestra sobre a importância da formação do aluno voltada para o mercado de trabalho, buscando identificar a vocação das IES e mensurar o grau de empregabilidade de seus egressos. Sobre empregabilidade também falará o empresário Tório Barbosa, que irá enfatizar a eficácia das redes sociais no rastreamento dos egressos.

O programa completo do evento está disponível no Portal do Semesp (www.semesp.org.br).