EAD

O diretor de Educação da FIAP, Leandro Rubim, apresentou o modelo EAD da instituição

As Jornadas Regionais do Semesp estão com novo formato em 2019, com transmissão online de algumas palestras para IES de todo o país. Marília recebeu, nesta quinta-feira (14), a primeira dessas palestras online. O diretor de Educação da FIAP, Leandro Rubim, falou sobre a modalidade EAD, mais precisamente sobre “Como construir um modelo de ensino híbrido utilizando os 40% EAD e como a IES pode manter a qualidade?”.

Leandro começou a palestra afirmando que FIAP não usa o termo “educação a distância. “A FIAP não usa a palavra ‘distância’ porque nós não acreditamos nela. Nomeamos nosso modelo online como FIAP ON”, explicou. “Não acreditamos nessa divisão entre presencial e EAD. É tudo educação e impacta nossos alunos, então estamos preocupados em oferecer uma educação de melhor qualidade”.

Para Leandro, as IES precisam entender que o mundo já está digital, e a educação não pode ficar atrás. “Várias plataformas e startups estão mudando modelos de negócios em vários setores. Por que não podemos então mudar a educação? Por que não fazemos a transformação digital na educação?”, questionou. “É inevitável pensar na educação digital e online”, defendeu.

Segundo ele, essa transformação digital passa por quatro pilares: novos processos de negócios, mudança cultural, indicadores de valores e tecnologia. A FIAP tem se empenhado assim para que a instituição embarque nessas mudanças ao adotar um modelo mais colaborativo em que o aluno opta, por exemplo, como quer aprender. “Nosso aluno escolhe o tempo, a flexibilidade, a forma como ele vai aprender dentre quatro formatos de cursos: conteúdo web responsivo, playlist de vídeos, playlist de áudios e e-books”, detalhou, explicando que a IES privilegia um conteúdo atrativo e lúdico.

Esses quatro modelos foram desenvolvidos a partir de pesquisas da instituição. “Nós percorremos várias universidades pelo Brasil para aprender tudo o que não deveríamos fazer”, polemizou. “A FIAP estudou, no entanto, os aplicativos da Netflix, Spotify, Nike Run, plataformas que não são de educação, mas que fazem sucesso e atraem as pessoas”, declarou.

“O EAD não pode e deve ser visto como o patinho feio da educação pelos alunos, professores e pela própria IES”, afirmou Leandro. “Por isso o posicionamento da FIAP é o mesmo em relação aos cursos presenciais e os ON. O modelo EAD pode derrubar a credibilidade de uma instituição, então temos essa preocupação constante”.

EAD

O diretor de Educação da FIAP, Leandro Rubim, apresentou o modelo EAD da instituição

No modelo online da FIAP, os encontros presenciais também são disruptivos e não servem apenas para a realização de provas como no modelo tradicional EAD. “Esses encontros são únicos e diferentes, como se fossem shows, com banda de rock, cerveja, interação entre os alunos. Temos dois encontros obrigatórios por ano em um único polo, nossa sede. Queremos que nossos alunos, mesmo os que não estão em São Paulo, tenham interesse real em conhecer nossa instituição porque preferimos a proximidade”.

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EAD: a questão jurídica

José Roberto Covac, diretor Jurídico do Semesp, enviou um depoimento em vídeo para falar sobre a legislação da modalidade EAD, mais precisamente a portaria 1.428/2018 do MEC, que possibilita a expansão para 40% de disciplinas EAD em cursos presenciais de graduação.

“A ampliação de 20% para 40% já vinha sendo discutida no âmbito da Seres, mas, infelizmente, a portaria saiu tardiamente porque a aprovação dos projetos pedagógicos deve ser feita previamente pelos colegiados das IES”, explica Covac no vídeo. “A publicação da portaria em dezembro de 2018 impossibilitou que as IES mudassem os cursos já no primeiro semestre de 2019”, lamenta.

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“A portaria estabelece requisitos próprios para que as IES possam, efetivamente, adotar a expansão dos 20% para os 40%”, continua Covac. “A portaria restringe, por exemplo, os cursos das áreas de Engenharia e Saúde a adotarem essa expansão. As IES devem cumprir alguns requisitos regulatórios obrigatórios, como não ter nenhuma supervisão ativa, por exemplo”, prossegue.

Entre outros requisitos descritos por Covac no vídeo está a IES ter um conceito institucional de 4, no mínimo, tanto nos cursos presenciais quanto na modalidade EAD, para poder ofertar a expansão. O curso também precisa ser reconhecido pelo MEC em ambas as modalidades, também com conceito mínimo de 4; e as IES devem divulgar, previamente e de forma clara, quais são as disciplinas do curso ofertadas presencialmente e a distância.

Confira vídeo explicativo do Semesp sobre a portaria