Presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, na abertura do CONIC-SEMESP 2023

Foi dada a largada na manhã desta terça, 7, para o 23º CONIC-SEMESP, o maior congresso de iniciação científica do país. Ao longo de quatro dias, mais de 1.200 trabalhos de diferentes áreas de conhecimento irão ser apresentados por alunos de diversos cursos. São futuros profissionais dando os primeiros passos de pesquisas que irão impactar nosso futuro.

“É uma grande satisfação para o Semesp realizar o CONIC-SEMESP há 23 anos”, afirmou a presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, durante a abertura do congresso. “Tudo começa na iniciação científica, por isso é dever das instituições de ensino superior (IES) apoiarem e incentivarem os alunos e professores a realizarem pesquisas”, defendeu. “São esses alunos que estão participando hoje do CONIC-SEMESP que se tornarão os futuros profissionais que conduzirão a ciência em nosso país”, completou.

“O CONIC-SEMESP é um presente para o Semesp, um congresso que foi crescendo ano a ano”, disse Cecília Anderlini, diretora-Financeira do Semesp. “A ciência e a pesquisa ainda são grandes desafios para o setor do ensino particular, e é dever de nossas IES cumprirem esse papel de desenvolvedoras e incentivadoras das pesquisas, um espaço necessário para que a educação cresça proporcionando novos caminhos nas vidas de nossos alunos”, continuou. “Acredito que as mudanças se processam na vida por meio do conhecimento, e as IES têm esse dever de mudar constantemente o ensino superior”.

Assessor especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Renan Thiago Alencar Moreira, representou a ministra Luciana Santos

A abertura do 23º CONIC-SEMESP contou ainda com uma fala do assessor especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Renan Thiago Alencar Moreira, que apontou que, infelizmente, a ciência brasileira sempre enfrentou períodos de grandes desafios, seja pela sua negação ou mesmo apagão no financiamento do setor. “A iniciação científica cumpre o papel de despertar o interesse dos estudantes e atraí-los para as carreiras de pesquisa e tecnológicas. O pensamento crítico construído nas IES é fundamental para o sucesso da carreira de jovens que vislumbram a pesquisa como um campo de formação e trabalho”, decretou ele. “A ciência e a pesquisa estão na agenda de todo o governo federal porque precisamos criar uma comunidade acadêmica forte, autônoma e estruturada para transformar conhecimento em riqueza e desenvolvimento para o país, não apenas gerando valor e riquezas para o Brasil, mas também promovendo inclusão social e melhoria na qualidade de vida”, finalizou Renan.

Pesquisa socioeconômica

Após as falas de abertura, o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, apresentou uma pesquisa socioeconômica preenchida pelos participantes do CONIC-SEMESP, um retrato da iniciação científica do país. Entre os principais dados apontados pelo estudo estão que a pesquisa de iniciação científica ainda é feita basicamente por estudantes dos cursos presenciais, com mais 90% dos trabalhos inscritos provenientes de alunos desta modalidade.

Outro ponto interessante é que, apesar da maioria dos estudantes de graduação do país estarem matriculados em cursos em IES da rede privada, a grande maioria das bolsas de iniciação científica fornecidas pelas agências de fomento, principalmente CNPq, são destinadas a estudantes das universidade públicas. Nas IES privadas, mais de 70% dos alunos inscritos no congresso já trabalham, sendo pouco mais de 40% com carteira assinada. Em relação à iniciação científica em si, mais de 40% dos estudantes responderam à pesquisa afirmando que decidiram iniciar pesquisas para adquirir experiência, enquanto apenas cerca de 10% pretende seguir uma carreira acadêmica.

Lembrete: O CONIC-SEMESP é aberto ao público em geral. Quem quiser acompanhar as apresentações dos estudantes poderá acessar o sistema do congresso como ouvinte. Acompanhe aqui.