As Faculdades Integradas Padre Albino (FIPA), através do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE), realizaram dia 07 de novembro último, no Anfiteatro Padre Albino, a partir das 19h30, um seminário cultural e a premiação do concurso de fotografia que tiveram como tema Morte: diferentes visões.

Na primeira parte do evento foi promovida uma mesa redonda com a participação do Prof. Cláudio Antonio Christante Errerias, psicólogo e psicanalista, Profª Drª Celina Santaella Rosa, médica legista, Prof. Dr. Ayder Anselmo Gomes Vivi, médico c irurgião geral e oncológico, e Prof. Dr. Marcelo Truzzi Otero, graduado em Direito.

O mediador da mesa, Prof. Cláudio, l eu um texto de sua autoria sobre a morte, Drª Celina apresentou resultados dos questionários sobre o tema que foram respondidos por alunos e funcionários das FIPA, Dr. Marcelo m ostrou o paradoxo que existe no Direito e na Medicina entre o direito à vida e a dignidade do ser humano e Dr. Ayder f alou da sua atuação profissional, de como se portar diante de um paciente com uma doença grave e respeitar aquilo que o paciente deseja saber. Em seguida foi realizado um debate entre os integrantes da mesa e os presentes.

Durante o intervalo foram exibidos slides de obras de arquitetura, pintura, escultura e poemas de diversos autores ao longo do tempo alusivos à morte nos contextos religioso, mitológico, cultural, filosófico, político e social.

Na segunda parte do evento foi apresentada a comissão julgadora das fotografias composta pela Profª Drª Dulce Maria Silva Vendruscolo, jornalista Mauro Tadeu Assi, Prof. Nelson Oliani e o publicitário e jornalista Paulo Venturini.

Do concurso participaram 26 fotografias e as vencedoras foram:

1º lugar – Uma onipresença da morte e do encanto, de Ana Carolina Monezi e Silva, Ana Carolina Botelho Cardoso, Ana Carolina Aloio, Guilherme Renesto Piovesana e Luiz Henrique Manarelli, acadêmicos da 1ª série de medicina.

Baseado em Chales Chaplin – A beleza é, no meu entender, uma onipresença da morte e do encanto, uma risonha melancolia que discernimos em todas as coisas da natureza e da existência, essa comunhão mística que sente o poeta… Algo assim como um raio de sol dourado e poeira que esvoaça, ou como uma rosa caída na sarjeta. Procuramos mostrar a presença da beleza e do encanto da rosa, mesmo diante da morte, que relaciona a natureza com a existência.”

2º lugar – Morte da dignidade, de Cláudia Mendonça Xavier, acadêmica da 1ª série de medicina.

Em meio ao lixo e a sujeira, debaixo de um pontilhão, mistura-se a figura de um homem. Este, ainda que respire e possa se levantar, encontra-se morto, não sendo reconhecido como pessoa, e tem sua dignidade perdida na real situação do abandono.

3º lugar – Vida moribunda, de Maryam Buainain Tadei e Matheus Vicente Maiorquim, acadêmicos da 1ª série de medicina.

A foto apresenta uma mulher mendigando em um cemitério, completamente desolada. O objetivo é mostrar que sua “carne” está viva, mas seu espírito, assim como dos mortos nos túmulos ao seu redor, já não vive mais.

Menções honrosas

Leito de morte da igualdade, de Cláudia Mendonça Xavier, acadêmica da 1ª série de medicina.

Retrato triste de quem se vê acorrentado às suas precárias condições e é reduzido a desumanização. Morte antecipada por uma sociedade que, ao não reconhecer a pobreza extrema, estatela seus semelhantes no duro chão do abandono. Exclusividade apenas clientes, como ressaltada, é indiferente aos corpos que sonham em um dia, deitar-se em um leito de verdade.

União necessária, de Mariana Abboud Azoubel, Bruno Ferreira de Barros, Amanda Melim Bento, Daniel Reis Guther e Nicolas Giorgini Barbato, acadêmicos da 1ª série de medicina.

A foto mostra o tronco de um coqueiro. Ela capta a beleza da parte que morreu ao mesmo tempo que exibe em seu canto a continuidade da vida, que só ffoi possível a partir da morte da outra parte do tronco.

Os prêmios foram R$ 200,00 para o primeiro colocado, R$ 120,00 para o segundo e R$ 80,00 para o terceiro. Todos os participantes receberão certificado.