A inadimplência entre universitários da rede particular tem aumentado. Uma prova disso é pesquisa realizada recentemente pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (SEMESP), na qual foi revelado incremento de 0,8% em 2006. O índice de inadimplência chegou a 23,2% entre os alunos.

De acordo com a entidade, a estagnação econômica, perda de renda dos estudantes e a Lei nº 9.870, que permite que o aluno estude sem se preocupar com as mensalidades, agravam o quadro atual de inadimplência. No entanto, é importante que os estudantes saibam que existem possibilidades de mudar a situação.

Seguro educacional

Os estudantes universitários podem contar com o seguro educacional, feito somente quando a faculdade tem convênio com a seguradora e, normalmente, contratados por pais que querem garantir o futuro profissional dos filhos.

O seguro tem como objetivo principal cobrir todas as despesas com educação caso pais ou pessoas que o contrataram faltem, seja por morte ou invalidez. Dentre as despesas inclusas estão livros até o pagamento das mensalidades.

Bolsas de vários tipos e modelos

Para evitar que os alunos fiquem inadimplentes, as universidades ainda oferecem bolsas integrais ou parciais. Após escolher uma instituição de ensino de qualidade para estudar, informe-se sobre as possibilidades que o próprio local oferece. Parentes estudando na mesma instituição, por exemplo, podem render alguns descontos.

Crédito governamental

Para quem não conta com recursos para contratar um seguro educacional, o mais indicado é tentar um crédito educativo por meio do Governo. Existem programas em que todos os débitos devem ser quitados depois de terminado o curso, enquanto outros dão descontos que chegam a 50% ou isentam o pagamento das mensalidades. Veja abaixo alguns destes créditos:

* Fies: Para concorrer ao Fies, o estudante deve estar regularmente matriculado em curso superior privado, em instituição cadastrada no programa e com avaliação positiva do MEC. A taxa de juros do financiamento é de 6,5% ao ano. Para os estudantes que cursam licenciaturas, pedagogia, normal superior e cursos tecnológicos registrados no cadastro do ministério, a taxa é de 3,5% ao ano. Descontada a inflação, representa juro zero.

* Prouni: Só pode participar quem realizou do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obteve nota média igual ou maior a 45. O estudante deve ter cursado ensino fundamental em escola pública ou particular na condição de bolsista integral. A renda familiar per capita deve ser de até um salário mínimo e meio (R$ 525) para os alunos que pretendem ganhar bolsa integral. Já para os que concorrem a meia bolsa, os rendimentos per capita da família devem chegar a R$ 1.050. Professores concursados na rede básica de ensino não precisam comprovar a renda.