Pesquisa de sindicato aponta que entre 2000 e 2005, aumento é de 12%

 

O número de vagas oferecidas nas instituições particulares de ensino superior da região de Sorocaba cresceu 12% entre 2000 a 2005, enquanto a que a média nacional no período foi de 9,2%.

Segundo levantamento realizado pelo Semesp (Sindicato das Entidades de Ensino Superior no Estado de São Paulo) a oferta de vagas do ensino superior privado região dobrou, enquanto que o aumento nas vagas públicas, no mesmo período, foi de apenas 34%.

Segundo a diretora do Semesp, Cecília Anderlini, o crescimento está relacionado ao PIB da região que foi o quarto maior do Estado. “Claro que a perspectiva de empregabilidade e empreendedorismo também devem ser levados em consideração”, conta Cecília.

O índice de evasão em 2005, nas instituições da região, foi de 13,41%, menor que em 2004 que registrou 13,73%, o que equivale à cerca de 5.918 alunos fora do ensino superior, que tem 52.219 alunos. No Estado, esse índice cresceu dois por cento em 2005.

Região se destaca

Cecília destaca que a região de Sorocaba se destacou em todos os pontos da pesquisa. “Isso, provavelmente, porque a população da cidade teve um crescimento de 2 por cento ao ano.”

O mapeamento do setor com foi divulgado ontem, na sexta edição das Jornadas Regionais que o Semesp. O evento vai prosseguir hoje, no Sorocaba Park Hotel.

Nas Jornadas Regionais, especialistas debatem questões de interesse do setor, como reconhecimento de cursos, critérios para avaliação, gestão financeira, relações de trabalho, importância do coordenador-gestor, entre outros temas.

As dificuldades que as faculdades enfrentam na hora de trazer um novo curso também foram debatidas. “Muitas vezes o processo demora tanto que a instituição desiste, principalmente porque a pesquisa de mercado não tem mais validade”, acrescenta Cecília.

Alunos de instituições particulares são mais exigentes e querem transparência

A diretora do Semesp Cecília Anderlini, destaca que os estudantes das instituições de ensino superiores são mais exigentes e exigem transparência nas atividades. “O aluno paga, por isso faz melhor o uso do seu direito e acaba exigindo mais melhorias”, comenta.

Além disso, Cecília afirma que existe também uma diferença no perfil do estudante da instituições particulares, que na maioria das vezes não tem o estudo como única atividade no cotidiano. “A maioria trabalha durante o dia e à noite vai estudar”, explica Cecília.

Para ela, isso acaba se tornando um grande diferencial para o mercado, que acaba ganhando por poder contar com profissionais mais qualificados. “O aprendizado juntamente com o potencial do estudante apresenta bons resultados para o mercado de trabalho”, diz.