Os pais devem pesquisar antes da compra: lançamentos custam até o dobro do preço. Mensalidades de colégios e faculdades também subiram

 

Chegou a hora de os pais se prepararem para comprar livros, cadernos e todos os acessórios para a volta dos filhos às aulas. Os tradicionais gastos do co­meço de ano vão pesar mais no orçamento, além das mensalidades de escolas e faculdades que já foram reajustadas.

O preço do material escolar deve subir até 4% neste ano, segundo cálculos da Brasil Escolar — associação que reúne 558 papelarias brasileiras. Os fabricantes vão repassar a inflação acumulada em 2006.

Mas há exceções. Na papelaria Lapapel, na Lapa, o dono Paulo Próspero afirma que a maioria dos itens está com o mesmo preço (veja mais no quadro). “O pacote de folha sul­fite, por exemplo, sai por R$ 2,30, o mesmo preço de 2006.”

Lançamentos

Mas, cuidado. Próspero alerta que os lançamentos, como cadernos e fichários com personagens, podem ser até duas vezes mais caros do que os itens tradicionais. “Um fichário comum, por exemplo, sai por R$ 20. Mas o produto dos “Rebeldes” custa R$ 40″, afirma,

Na Livraria e Papelaria Supercap, na Lapa, a funcionária Francisca Souza conta que, apesar dos lançamentos serem mais caros, os pais compram. “Se as crianças estão junto, sempre querem os artigos mais caros.”

Para ajudar os pais a economizar, as papelarias associadas à Brasil Escolar venderão kits com 20 produtos mais baratos. O pacote para alunos de lª a 4ªséries do Ensino Fundamental sai por R$ 24. Para estudantes de 5ª a 8ª, o pacote custa R$ 25.

Escolas

As mensalidades escolares também subiram. Nos colégios, a al­ta é de 6%. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), José Augusto de Mattos, diz que o aumento é resulta­do da inadimplência. “A situação é séria. O calote chega a 18%.”

A inadimplência subiu ainda nas faculdades particulares. Hermes Figueiredo, presidente do Sindicato das Entidades. Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo (Semesp) diz que a taxa beira os 23%. E, ao contrário das escolas particulares, o aumento não deve passar de 3%. “Não podemos abusar. O objetivo é manter os alunos”.