O Ministério da Educação (MEC ) é contrário à proposta das universidades privadas que querem a criação de uma agência reguladora independente para avaliar a qualidade do ensino superior no país.

Para Antonio Carlos Caruso Ronca, do Conselho Nacional de Educação (CNE ) – órgão do MEC, não há motivos para tirar o trabalho da tutela do Governo federal. “Não vejo o porquê. A Constituição diz que é papel do estado regulamentar e avaliar a qualidade dos cursos”, afirmou Ronca, que participou de um fórum sobre educação superior privada nesta sexta-feira (20), em São Paulo.

As instituições particulares de graduação, que também estavam presentes no evento, dizem que a análise do ensino feita pelo Ministério da Educação (MEC) é incompleta e parcial. Eles querem, por exemplo, que sejam acrescentados critérios à avaliação como empregabilidade dos alunos e atividades de extensão.

Segundo Ronca, o governo reconhece que há problemas, mas trabalha para corrigi-los. “Estamos melhorando ao longo dos anos”, diz. Ele discorda da proposta de incluir a empregabilidade como item de avaliação. “Não acho que as universidades devem orientar seu ensino de acordo com o mercado. Além disso é complicado instituir instrumentos de medir a empregabilidade dos alunos”, afirmou.