Depois de um dia tenso por causa dos ataques atribuídos à organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), as aulas estão voltando ao normal na maioria das escolas de ensino superior públicas e privadas de São Paulo. O Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos do Ensino Superior no Estado), que representa 456 universidades particulares, recomendou a retomada das atividades. Mas segundo o sindicato, cada instituição é que decidirá sobre o seu funcionamento. A PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) manteve as aulas suspensas de manhã e reabriu as portas às 12h. Já no Mackenzie, localizada no bairro de Higienópolis, não houve aulas. Quem telefona, ouve uma gravação informando que “pensando nos alunos”, a instituição decidiu interromper as atividades por dois dias. Na USP (Universidade de São Paulo) a rotina dos alunos também foi retomada. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, por causa da ação criminosa com a queima de ônibus na Zona Sul da cidade, 30% dos alunos das escolas de ensino fundamental não puderam comparecer às aulas na segunda-feira. A assessoria de imprensa da secretaria informou que ainda não tinha um balanço da situação nas 5.653 escolas da rede estadual de ensino, onde estudam 5 milhões 115 mil e 440 alunos, mas que a orientação é de funcionamento normal em todos os estabelecimentos. Desse total, 1,3 milhão estão localizados na capital paulista, onde o único problema foi registrado no Colégio Estadual Almirante Custódio José Mello, na Vila Granada, Zona Leste. Na segunda, os alunos tiveram dificuldades de acesso à escola por ela estar localizada próximo a uma delegacia. Por medida de precaução, foram montadas barreiras em frente ou em torno dos prédios de todas as unidades policiais.