Em referência ao artigo Classe operária não estuda no Paraíso” (Cotidiano, 25/4), cabe destacar que, a exemplo de outros setores extremamente regulados no Brasil, o setor da educação superior particular prima por cumprir as determinações legais do Ministério da Educação por entender que tal órgão trabalha para garantir a qualidade da educação superior ofertada no país. É essa crença que norteia todo o trabalho desenvolvido pelo setor educacional particular paulista e que fundamenta todo o esforço empregado na busca de soluções capazes de beneficiar um maior número de cidadãos, a exemplo do Prouni, cuja existência seria impossível sem o setor privado. Especialmente no tocante ao estudante, é irrefutável que o setor particular investe seus melhores recursos para propiciar a melhor formação acadêmica possível, pois sabemos o quanto vale um estudante satisfeito recém-egresso de nossas instituições para a nossa perpetuação. Esse mesmo setor, muito além de meramente cumprir os ditames do MEC, tem iniciativas internas que visam à prática diária da ética, único valor que pode garantir a percepção de evolução perante à sociedade como um todo. Assim, só nos cabe frisar que o relatado no artigo trata muito mais da ausência de novas práticas de gestão diante das rápidas mudanças que o segmento do ensino superior particular atravessa. Quanto à atuação do MEC, ela deveria ser preventiva -antes de fechar qualquer instituição ou curso, o ministério deveria intervir para assegurar os direitos dos alunos e, após esse procedimento, fazer o descredenciamento antes que o mercado o faça.” Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo -Semesp (São Paulo, SP)