A grande maioria dos alunos que estudam em período noturno ainda está nas instituições privadas, segundo o Censo da Educação Superior 2005. São mais de 68% do total de alunos, ou seja, 2,2 milhões de jovens. Isso mostra mais uma vez que o sistema particular continua sendo responsável pelo atendimento da população de baixa renda. “Nem adianta abrir curso diurno, nem a classe média mais quer estudar durante o dia. Precisam trabalhar para complementar a renda”, diz o presidente do Sindicato dos Mantenedores dos Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Figueiredo. Entre os alunos matriculados em instituições públicas, só 37% deles, ou 441 mil, estão em cursos noturnos.

 

No entanto, nas universidades federais houve aumento de 19% desde 2001 no número de matrículas nos cursos noturnos. Os dados referentes às matrículas no ensino superior mostram ainda uma contínua predominância das mulheres. Elas são 2,4 milhões de estudantes e os homens, 1,9 milhão. Já entre os professores, há um número maior do sexo masculino: 55,7%.

O Brasil tem 305.960 funções docentes, o que significa postos de trabalho para professores nas instituições. O número é 4,3%

maior que o identificado no ano anterior. Atualmente, 36,3% deles têm mestrado e 21,5%, doutorado. Os dados do censo revelam também que a área com o maior número de cursos no País é a de Educação, são 6.397. Em seguida, vêm os cursos do grupo de Ciências Sociais, Negócios e Direito, com 5.815. A área com a menor oferta é de Agricultura e Veterinária, com apenas 455 cursos no País. A região Centro-oeste foi a que apresentou o maior crescimento no número de cursos: 13,6%. O Sudeste teve aumento de 11,7%; e o Norte, queda de 2,5%. A média geral no País foi de 9,5%.