O Ministério da Educação (MEC) tem na sua mira cerca de 7% dos cursos de ensino superior do País já avaliados no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade). São cerca de mil cursos que estão na linha de baixo da avaliação, cujos alunos tiveram notas ruins e pouco conhecimento acrescentaram a seus formandos – o exame consegue comparar o rendimento entre alunos ingressantes (com até 25% dos créditos cursados) e concluintes (com pelo menos 85% dos créditos).

Eles serão fiscalizados e terão de assinar um “protocolo de compromisso” com o ministério, comprometendo-se a resolver eventuais problemas encontrados in loco.

Entre 13,4 mil cursos superiores de todas as áreas avaliados até hoje pelo MEC no Enade, apenas 0,88% deles conseguiram obter o conceito máximo tanto na avaliação como no índice que mede o conhecimento agregado ao aluno durante o curso (IDD). São apenas 118 cursos (sendo 53 de instituições federais, 36 estaduais e 29 privadas) em todo o País, 19 deles em São Paulo.

No outro extremo, 33 cursos tiveram os piores resultados (21 de instituições privadas, 8 federais, 2 estaduais e 2 municipais): as notas mais baixas no Enade e ainda sem ter agregado quase nenhum conhecimento a seus estudantes. São os cursos com conceitos 1 e 1, que representam 0,25% do total. Nove deles estão em São Paulo e representam 0,4% dos cursos do Estado.