Os professores da USP decidiram ontem, em assembléia, manter por unanimidade a greve parcial deflagrada há uma semana por reajuste salarial e em apoio aos alunos que invadiram a reitoria há 27 dias.

Amanhã, às 14h, os docentes fazem passeata até o Palácio dos Bandeirantes para pressionar o governador José Serra (PSDB) a revogar os decretos para o ensino superior. As medidas, como a criação da Secretaria do Ensino Superior, ferem a autonomia das universidades, alegam os manifestantes. O governo nega.

Na assembléia de ontem, assinaram a lista de presença 156 dos 5.222 docentes da USP. É o menor desde as duas primeiras assembléias, na semana passada (300 na quarta-feira e 200 na sexta-feira).

Ontem, dois ônibus com 60 alunos da Tropa de Choque da PM entraram na USP, assustando os alunos que temiam a reintegração de posse. Segundo a PM, os veículos erraram o caminho para o Instituto de Criminalística, que fica nos arredores do campus do Butantã (zona oeste).

Em apoio aos alunos da USP, houve novas invasões nos campi da Unesp, no interior. Em Franca, alunos invadiram a sala da vice-diretoria anteontem, sem previsão de sair. Ontem, em Presidente Prudente, a direção da Faculdade de Ciências e Tecnologia foi invadida. A greve parcial de funcionários da Unicamp e da Unesp também continuava ontem.