Senador Eduardo Suplicy (PT) visita o prédio da reitoria da USP , que está ocupada há 24 dias, neste domingo, e convida manifestantes para reunião na segunda

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), visitou neste domingo, 27, a reitoria da USP, que está ocupada há 24 dias por estudantes e professores, e garantiu, após uma volta no prédio, que tudo estava em ordem, sem danificações.

Segundo a assessoria da ocupação, o senador convidou formalmente os manifestantes para uma reunião no Pátio do Colégio, na segunda-feira, 28, às 14h30, que contará com a presença do secretário de Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, e alguns membros da Ordem dos Advogados Brasileiro (OAB).

Também, neste domingo, foi organizado um almoço para os pais dos manifestantes e para os funcionários de todas as categorias da universidade. Durante o almoço, os manifestantes que fizeram aniversário neste mês e estão na ocupação, ganharam bolo.

A assessoria informou que há na ocupação dois grupos de reunião discutindo decretos e outro discutindo pautas.

Ocupação Os manifestantes ocupam a reitoria or estudantes e professores em protesto contra medidas anunciadas pelo governo que, na avaliação dos manifestantes, ferem a autonomia da gestão financeira da universidade e prejudicam os repasses de verbas do Estado à instituição. Além disso, são contrários à inclusão das universidades no sistema de controle de gastos do governo e à criação da Secretaria de Ensino Superior, chefiada por José Aristodemo Pinotti.

Apesar das tentativas de encontrar uma solução pacífica para o impasse, a Justiça reiterou sua posição na quinta-feira. O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o adiamento da reintegração. O pedido havia sido feito pelo Sindicato dos trabalhadores da USP(Sintusp). A entidade pedia dez dias para tentar um acordo.

No sábado, o secretário estadual de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, que a ordem judicial que ordenou a imediata reintegração de posse da Reitoria da Universidade de São Paulo (USP) deve ser cumprida com cautela. “A ordem judicial diz claramente que deve ser cumprida com a cautela necessária”, disse o secretário, que evitou responder quando a Polícia Militar deve ordenar a desocupação do local.