O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou nesta terça-feira (15) o Prêmio Jovem Cientista. Com o tema “Gestão Sustentável da Biodiversidade”, nove jovens foram premiados nas categorias graduado, estudante do ensino superior e médio.

Este ano 1.715 jovens inscreveram-se no prêmio, iniciativa do Grupo Gerdau, Fundação Roberto Marinho e do CNPq, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O presidente Lula cobrou do governo esforço para aumentar o número de inscritos no programa.

“Eu quero dizer que 1.700 inscritos é muito pouco para o tamanho do país. Eu, o governo, os ministros, os reitores e os diretores das escolas técnicas, todos nós temos a obrigação de acreditar nesse prêmio. Está cheio de gente espalhada no Brasil capaz de participar desse prêmio”, afirmou o presidente durante a entrega do prêmio no Palácio do Planalto.

O empresário Jorge Gerdau afirmou que o número de inscritos desse ano é bom, mas tem capacidade de crescer. “Temos inscritos em todos os estados; é um projeto que atinge todo o país”, afirmou o presidente do conselho do Grupo Gerdau.

Para o presidente da Fundação Roberto Marinho, José Roberto Marinho, a conquista do prêmio é que todos os projetos têm aplicação prática . “A idéia é que a invenção científica possa ser usada pela indústria”, afirmou.

A cientista Milena Rodrigues Boniolo, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ganhou o primeiro lugar por seu projeto que usa casca de banana como filtro de efluentes radiotóxicos. Ela fez uma crítica, na linha do que disse Marinho, sobre a falta de interlocução entre a pesquisa e a indústria.

“A indústria tem problema e nós temos a solução, mas não há mecanismos que permitam aproximar as duas coisas”, afirmou a jovem cientista.