O reitor da UFPel, Antônio César Borges, foi surpreendido pelas notícias da ramificação gaúcha da quadrilha responsável pela venda de vagas em universidades federais. Em função do feriado, Borges inicia só hoje a colaboração com a PF nas investigações.

– Eu soube pela Internet. Nem a Polícia Federal nos procurou, nem recebemos qualquer denúncia a respeito – justifica.

Borges vai procurar a Delegacia da PF em Pelotas para pedir orientação e se colocar à disposição das investigações. O reitor descarta a abertura de um eventual processo administrativo porque não foi divulgada nenhuma suspeita de participação de funcionários da instituição na fraude elaborada pelo grupo.

A situação também é novidade para o diretor do curso de Medicina, Farid Butros Iunan Nader. Assim como Borges, ele disse ter ficado sabendo da notícia pelos jornais, e hoje vai acompanhar o andamento das investigações.
O reitor deve sugerir que a Polícia Federal inclua na apuração os nomes de todos os aprovados no vestibular para o curso desde 2002.

– Não se sabe como será a investigação, portanto vou aguardar o posicionamento da PF – diz Borges.

A Faculdade de Medicina conta com aproximadamente 600 alunos.