Três jovens pesquisadores, alunos do Instituto Superior de Tecnologia, mantido pelo UNIVEM, estarão apresentando trabalhos no 6º Congresso de Nacional de Iniciação Científica – CONIC, que é organizado anualmente pelo SEMESP -Sindicato dos Mantenedores de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo.

 

Karina Facchini Formigon, 19 anos e aluna do 4º módulo do curso de Desenvolvimento Web; Thiago Ernesto Orlandine, 22 anos; e Décio Yoshihiro Seo, 28 anos, ambos alunos do segundo módulo de Redes de Computadores; estão participando do Programa de Iniciação Científica e Tecnologia do IST e tiveram seus trabalhos aceitos para o Congresso.

 

O orientador dos estudantes, Fábio Dacênio Pereira, relatou que o CONIC expressa realmente o que é a iniciação científica e tecnológica desenvolvida no ambiente acadêmico.

 

“O evento tem por objetivo despertar a vocação para a ciência e para a tecnologia, incentivando os talentos e potenciais dos estudantes de graduação; além de qualificar os estudantes para ingresso em programas de Mestrado e Doutorado. Tanto que, como maior incentivo, a organização do CONIC oferece um prêmio de mil reais para o melhor trabalho de cada área (Ciências Biológicas e Saúde; Ciências Exatas e da Terra; Ciências Humanas e Sociais; Ciências Sociais Aplicadas; e Engenharia e Tecnologia), e ainda um prêmio especial de R$ 2 mil para o trabalho que for caracterizado como voltado ao desenvolvimento e compromisso social que represente emergência para a sociedade brasileira”, explicou Dacêncio.

 

Karina Formigon explicou que seu projeto de Iniciação Científica está sendo feito desde o ano passado. “Tive primeiro que estudar bastante para conseguir uma base sobre programação, para depois iniciar o projeto e conseguir criar o sistema”, relatou.

 

O projeto da estudante pretende criar um software que facilite a comunicação entre dispositivos móveis, como celulares e palmtops, utilizando a tecnologia Bluetooht, que é uma rede sem fio de curto alcance que permite a troca de informações gratuita entre dois usuários de tais dispositivos. “É como um MSN via celular. Se você for a uma praça de alimentação, por exemplo, e algum contato seu também estiver lá, o celular enviaria uma mensagem aos dois, avisando que estão no mesmo local. Nessa situação, é possível que as pessoas enviem mensagens e arquivos umas as outras, sem custo algum”, explicou.

 

O projeto deve ser finalizado em aproximadamente 9 meses, coincidindo com a formatura de Karina, podendo ter continuidade no Mestrado.

 

Thiago e Ernesto estão desenvolvendo um trabalho conjunto há aproximadamente 4 meses, que visa implantar em um chip um sistema para segurança de entrada e saída de informações de um computador, seja via internet ou redes de computadores.

 

“Utilizando o último padrão de segurança que há no mercado, um hardware funcionando como mecanismo de segurança é muito mais difícil de ser violado e com desempenho bastante superior ao de um programa”, explicou Thiago.

 

Conforme as considerações de Décio, o projeto está em fase de desenvolvimento do sistema, e somente no final ele será implantado no chip, que se utiliza da tecnologia de circuitos programáveis (FPGAs), uma peça mutante que adequa fisicamente o chip à demanda do sistema.

 

Segundo o orientador Fábio Dacêncio, o projeto em questão deverá ser desenvolvido até o final do curso, tendo continuidade no Mestrado e Doutorado dos dois estudantes.

 

Nada é impossível.

 

O professor Dacêncio explicou que embora haja controvérsias a respeito da iniciação científica em cursos de curta duração, os estudantes estão provando que é possível realizar bons trabalhos em um período de dois anos e meio.

 

“A Karina é estagiária do Centro Incubador de Empresas do UNIVEM; e o Thiago e o Décio trabalham como autônomos. Mesmo assim, eles conseguem tempo para desenvolver os projetos e estão conseguindo resultados excelentes. Além disso, no ano passado, dos cursos de informática do IST, tínhamos 5 alunos na Iniciação Científica. Depois que conseguimos a publicação dos projetos em eventos científicos (tivemos 12 publicações em dois anos), tornaram-se verdadeiros heróis em suas turmas e estimularam outros alunos a se engajar em pesquisa. Tanto que hoje, são 15 estudantes que já estão trabalhando em seus próprios projetos”, destacou Dacêncio.

 

“Sabemos que cada um tem seu próprio caminho a percorrer. Mas queremos seguir os passos do nosso orientador, que com 26 anos está cursando doutorado e é um exemplo para todos”, ressaltou Thiago.