Com o objetivo de apresentar ideias e estratégias para incluir, da forma mais adequada e seguindo a legislação, as atividades de extensão ao currículo dos cursos, o Semesp realizou o webinar Boas Práticas para a Curricularização da Extensão nesta quinta (20). Três profissionais de diferentes IES apresentaram exemplos e projetos de suas áreas de extensão de vários cursos.
Para a coordenadora Adjunta de Graduação e Extensão do Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa),
De acordo com Gisele, entre as premissas da curricularização da extensão na IES estão o trabalho integrado com o professor, a dedicação e maior autonomia dos alunos e flexibilização curricular nas escolhas dos combos. “Os alunos desenvolvem mais projetos, criam portfólios, realizam entregas semanais e recebem um parecer avaliativo sobre a percepção de todos os envolvidos”, explicou ela. “Nosso objetivo com isso é aumentar o impacto social e transformador dessas ações, indo ao encontro do atendimento de políticas públicas locais”, exemplificou.
Seguindo a mesma linha, a coordenadora da Coordenação acadêmica de Pesquisa e Extensão do Centro Universitário e Faculdades Projeção,
“Nosso núcleo de extensão fica responsável pelo fomento, organização e realização e registro de programas e projetos, estando dividido em dois grandes programas: Programa de Integração Comunitária e Responsabilidade Social e Programa de Educação Continuada e Vivência Acadêmica”, explicou Francisca Carla.
O primeiro busca desenvolver ações de extensão com ênfase no envolvimento da comunidade acadêmica com a sociedade. O segundo são ações de extensão com ênfase na extensão curricular e no complemento de conteúdos, visando a formação do aluno e da sociedade. “São debates, eventos, simpósios, congressos, workshops, palestras, cursos, campanhas educativas e solidárias, visitas técnicas, ações sociais, etc, que envolvem estudantes dos cursos presenciais e EaD”, citou ela dando dicas de como operacionalizar e avaliar essas atividades, além de como creditá-las à extensão no currículo.
O reitor da Unilins,
Legislação
Estabelecida pela Resolução 7/2018 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Superior, as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira preveem a obrigatoriedade de inclusão de, no mínimo, 10% dos total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária. O objetivo é promover a formação integral dos estudantes para sua atuação profissional, bem como a promoção da transformação social. A resolução do CNE/CES estabelece ainda que as instituições de ensino superior têm até o final de 2022 para se adequar à obrigatoriedade, o que demanda que as IES coloquem a questão em pauta desde já.