Neste 8 de março, em que celebramos o Dia Internacional das Mulheres, homenageio as mulheres que fazem a educação superior acessível a todos e todas, e que se dedicam com seu trabalho – que, assim como o meu, é feito de muitas jornadas – de forma integral, com harmonia, competência, esforço e amor.

Assistimos a mudanças importantes, que devem ser consideradas. A participação das mulheres no ensino superior representa a maioria dos alunos e cresceu 1,4% na última década, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Isso tem feito com que a ocupação feminina nos cargos de liderança tenha se tornado mais comum.

Apesar de ainda não serem maioria nos docentes (46,8% são mulheres), a participação chegou a aumentar 1,8 ponto percentual de 2010 a 2020. No ensino privado, o crescimento foi maior, de 3,2 pontos percentuais. Entre os funcionários administrativos das nossas IES, 55% são mulheres e, entre os estudantes, 57,9% são do sexo feminino.

Sei que ainda temos um longo caminho pela frente, mas vejo as mulheres investindo em suas carreiras, procurando ampliar o aprendizado profissional e humano, marcando sua presença com capacidade, segurança e sensibilidade.

O crescimento da participação feminina em cargos de liderança na área da educação superior reflete uma realidade em que eu acredito, baseada em oportunidades para todos e no trabalho conjunto, tornando claro o imperativo de compreender para transformar. Temos atuado em nossas instituições em pautas voltadas à diversidade, à inclusão e à redução das desigualdades sociais.

Com nosso olhar feminino na essência, e masculino no todo, nos colocamos como agentes apaixonadas para ajudar as nossas instituições e nosso país a enfrentarem as mudanças significativas desses tempos, e dos tempos que virão, com a ampliação do nosso papel nas questões institucionais e políticas, e com ações voltadas para o desenvolvimento dos seres humanos.

Ao nos colocarmos a serviço da Educação, da Ciência, da Cultura e da superação de preconceitos, em um momento que talvez seja o mais desafiador da nossa história, reforçamos o nosso comprometimento social e emocional para a formação de pessoas críticas e cidadãs, capazes de atender às exigências da sociedade. O Dia da Mulher, na verdade, é um dia para celebrar a união de todos os seres humanos pelo desenvolvimento e pela paz.

Lúcia Teixeira
Presidente do Semesp