Prof. Hermes Ferreira Figueiredo durante primeiro dia do 20º FNESP

O presidente do Semesp, Prof. Hermes Ferreira Figueiredo, disse nesta quinta-feira (27), na abertura do 20º FNESP – Fórum do Ensino Superior Particular Brasileiro, realizado pelo Semesp no WTC, em São Paulo, que “tudo parece demonstrar que o diploma do ensino superior como conhecemos hoje poderá perder sua relevância diante das mudanças previstas”.

Falando para uma plateia de 700 mantenedores, gestores e especialistas do segmento do ensino superior participantes do evento, o presidente do Semesp disse considerar “muito provável que os empregadores busquem contratar profissionais com novos perfis e habilidades, que sejam capazes de resolver problemas e desenvolver projetos com maior flexibilidade e novas capacidades, e tudo isso sinaliza a necessidade de uma reorganização da estrutura acadêmica das nossas instituições, inclusive dando maior atenção às motivações, projetos e expectativas dos nossos alunos”.

O 20º FNESP discutirá até amanhã (28) o tema “Desafios da 4ª Revolução Industrial para o Ensino Superior” com a participação de especialistas nacionais e internacionais, convidados pelo Semesp para debater soluções, caminhos e possibilidades que permitam enfrentar questões como o valor do diploma, as novas profissões e a tecnologia nessa nova era.

Prof. Hermes Ferreira Figueiredo durante primeiro dia do 20º FNESP

“Para mim, não restam dúvidas de que inteligência artificial e robótica, uso contínuo de algoritmos, plataformas integradas de conhecimento e oferta de produtos e serviços por meios digitais são alguns dos alicerces das mudanças que estão em andamento”, disse o presidente do Semesp. Segundo o Prof. Hermes Figueiredo, essas mudanças “deverão provocar um profundo impacto na vida das pessoas, obrigando também as instituições de ensino superior a reverem alguns conceitos e reorganizar suas estruturas acadêmicas”.

Citando um estudo do Fórum Econômico Mundial que revela que a 4ª  Revolução Industrial deve eliminar, até 2022, cerca de 75 milhões de empregos em todo o mundo, por força das mudanças tecnológicas, o educador ressaltou que “embora o estudo mostre também que essas mudanças resultarão, ao mesmo tempo, na criação de 133 milhões de novos empregos, esse quadro vai exigir a melhoria da qualidade e da produtividade do trabalho, o que afetará a educação de um modo geral, especialmente o ensino superior”.

“O Semesp tem consciência de que é fundamental prepararmos as instituições acadêmicas brasileiras para essa nova ordem do trabalho e para as novas habilidades e qualificações profissionais que serão requeridas. E tem trabalhado para isso procurando incentivar os mantenedores e gestores do nosso segmento a incorporar em seus projetos acadêmicos a preparação dos alunos para essas novas capacidades, pois sabemos que elas se tornarão obrigatórias para quem quiser ingressar ou permanecer no mercado de trabalho no futuro próximo”, concluiu.